TECNOCRÓNICA (opinião de Ademar Dias): muitos dados estatísticos e um soldado sem balas.
O tempo médio de visualização de vídeo e televisão em dispositivos móveis aumentou mais de 200 horas por ano desde 2012, ou 8,33 dias, fazendo crescer o valor em mais 1,5 horas por semana.
Ademar Dias
Jornalista
Rádio Horizonte Algarve/ Tavira
Este crescimento na visualização em smartphones e tablets coincide, por outro lado, com a diminuição do tempo na visualização em dispositivos fixos, que baixou em 2,5 horas por semana.
O tempo dedicado por semana a ver TV e vídeo em dispositivos móveis aumentou 85% nos últimos seis anos (2010-2016), diminuindo 14% nos ecrãs fixos.
Os dados constam da 7ª edição do ConsumerLab TV & Media Report, da Ericsson, que detalha a enorme e rápida mudança nos comportamentos de visualização de TV e vídeo no que respeita à sua relação com a mobilidade.
O estudo indica também, por exemplo, que o tempo total de visualização de conteúdo on demand – como séries de TV, filmes ou outros programas de TV em streaming – aumentou 50% desde 2010.
Neste capítulo, 37% dos inquiridos consomem dois ou mais episódios seguidos do mesmo programa numa base semanal, e mais de um quinto refere fazê-lo diariamente.
Há ainda 40% que referem consumir conteúdo do YouTube diariamente e 10% dos utilizadores assumem ver vídeos no YouTube durante mais de três horas por dia.
O tráfego de mensagens escritas através dos telemóveis caiu no ano passado 11,2%, para as 21,3 mil milhões de SMS (Short Message Service), mantendo a tendência de queda registada desde 2012.
Números do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) mostram que, desde 2012, ano em que ocorreu um pico de 27,9 mil milhões de mensagens, o tráfego de SMS decresceu em média 6,4% por ano. Assim, em 2015, a queda ultrapassou essa média.
Já o volume de tráfego de voz do serviço telefónico fixo diminuiu 15% em 2015, para menos 1,1 mil milhões de minutos, agravando a tendência de descida dos anos anteriores.
Por outro lado, o tráfego de voz com origem na rede móvel registou um aumento de 5,5%, tendo atingido 25,1 mil milhões de minutos em 2015.
Já o volume de tráfego de acesso à internet por banda larga superou 2 mil milhões de GB em 2015, um aumento de 30,7% face a 2014. Aqui, apesar da utilização dos acessos em local fixo ter representado 96,1% do tráfego total, o crescimento do tráfego em tecnologias móveis foi mais expressivo (mais 38,2%) do que nas fixas (mais 30,4%).
Dois em cada três portugueses utilizadores de redes sociais como o Facebook e o Instagram seguem figuras públicas.
Contabilizados pela Marktest, os valores gerais de 67% sobem para os 88% se considerados os portugueses na faixa etária dos 15 aos 24 anos.
Cristiano Ronaldo é destacadamente a figura pública que mais utilizadores dizem seguir. Cristina Ferreira surge em segundo e Nuno Markl em terceiro.
A rede social preferida pelos portugueses para seguir as personalidades é o Facebook, com 85,7% dos seguidores a utilizá-la, com o Instagram no segundo posto e o Youtube na terceira posição.
No que diz respeito aos conteúdos mais apreciados nas páginas das figuras públicas, as fotos lideram, com 54,8% de referências.
A interação mais comum entre os fãs e as figuras públicas nas redes sociais é o “gostar”, com 77% de referências, seguido da partilha de conteúdos (25%). Apenas 14% dos fãs diz comentar as publicações das personalidades que seguem.
Na música, um novo estudo revela porque é que há certas canções que ficam na nossa cabeça durante horas e horas.
Tudo a ver com a combinação de ritmos animados, melodias fáceis de lembrar e um pouco de algo inesperado.
Neste estudo realizado por Kelly Jakubowski, investigadora principal do Departamento de Música da Universidade de Durham, Inglaterra, e publicado na revista Psychology of Aesthetics, Creativity and the Arts olhou-se para algumas das canções mais populares com este “fator pegajoso”.
Entre 2010 e 2013 a investigadora e os seus colegas perguntaram a três mil pessoas quais eram as músicas que com mais frequência lhes ficavam na cabeça e depois compararam as características melódicas das músicas com outras canções que eram populares durante o mesmo período (baseadas em gráficos musicais do Reino Unido).
Descobriram que as músicas comummente citadas como ‘pegajosas’ eram mais propensas a ter tempos rápidos e, em geral, contornos melódicos bastante genéricos. É este padrão de altura crescente e descente, muito utilizado nas músicas infantis, que faz com que as músicas sejam tão fáceis de lembrar.
Mas as ‘músicas pegajosas’ também tendem a ter alguns intervalos únicos e incomuns, como saltos musicais ou notas repetidas, que os diferenciam da música pop média.
Há ainda outro fator. A frequente ou recente exposição a uma música também torna mais provável que esta lhe fique na cabeça e o estudo sugere ainda que é possível que alguma canção surja na sua mente por associação a palavras, imagens ou outras memórias.
As ‘músicas pegajosas’ mais mencionadas no estudo são: ‘Bad Romance’ (Lady Gaga); ‘Can’t Get You Out Of My Head’ (Kylie Minogue); ‘Don’t Stop Believing’ (Journey); ‘Somebody That I Used To Know’ (Gotye); ‘Moves Like Jagger’ (Maroon 5); ‘California Gurls’ (Katy Perry); ‘Bohemian Rhapsody’ (Queen); ‘Alejandro’ (Lady Gaga); ‘Poker Face’ (Lady Gaga).
Da música para o cinema onde esta semana destacamos a estreia de um filme de guerra, “O Herói de Hacksaw Ridge”, que nos conta a história verídica de Desmond Doss que em Okinawa, numa das batalhas mais sangrentas da 2ª Guerra Mundial, salva 75 pessoas sem disparar uma única arma.
A vida deste herói é trazida ao grande ecrã pela mão do realizador Mel Gibson e o elenco conta, para além de Andrew Garfield no principal papel, com nomes tão sonantes como Hugo Weaving, Sam Worthington, Vince Vaughn e Rachel Griffiths.
Vale a pena espreitar o trailer em https://www.youtube.com/watch?v=R3YpVuiLZsc