TECNOCRÓNICA (Opinião de Ademar Dias): confiança, música e Youtube dão o mote
No Canadá, um estudo do Centre for International Governance Innovation (CIGI) revelou que 83% das pessoas em todo o mundo acredita que são necessárias novas regras sobre como as empresas e os governos usam dados pessoais.
Das mais de 24 mil pessoas inquiridas, 85% acredita que os seus governos devem trabalhar em conjunto com outros países para tornar a internet mais segura.
57% dos inquiridos mostrou-se mais preocupado sobre a privacidade online do que no ano passado. 38% das pessoas acredita que as suas atividades na internet não estão a ser monitorizadas.
46% dos inquiridos acredita que a sua atividade online não é censurada e cerca de um terço acredita que o seu governo está a fazer o suficiente para manter a sua informação pessoal segura de empresas privadas.
Um estudo mostra que 88% dos portugueses consideram que as viaturas conectadas são algo “reservado a tecnófilos”, indica o Observador Cetelem.
A análise “mostra ainda que 83% dos automobilistas portugueses têm consciência de que a viatura conectada significa um aumento do preço”.
Para os portugueses, as viaturas conectadas são um progresso em termos de segurança (79%), diversão (79%), sendo visto como o veículo ideal (78%).
Outra das conclusões prende-se com o fato dos automobilistas verem estas viaturas como “um verdadeiro progresso em termos de conforto e condução e um meio de ganhar tempo”. Tal como no resto do mundo, 83% dos automobilistas portugueses pensam desta forma.
Segundo o YouTube, apenas 20% dos consumidores de música estará disposto a pagar por ela. Foi isto mesmo que disse um representante da empresa ao website Music Business Worldwide.
O YouTube, que está neste momento em negociações com várias editoras musicais de forma a garantir novos contratos de licenciamento, está a basear a sua proposta nesta ideia e oferece às editoras a hipótese de lucrar com os restantes 80% que não compram música, através da publicidade presente nos seus vídeos. O mesmo será dizer que o website de partilha de vídeos acredita que 80% das pessoas nunca pagará pela música que ouvem
O YouTube estima ainda que o mercado da publicidade valha cerca de 450 mil milhões de dólares, sendo que o plano da plataforma passa por dominar esse mesmo mercado, conquistando metade desse valor para si.
Por outro lado, as editoras ainda duvidam deste modelo que apelidam de “fantasiosa”, uma vez que a indústria do streaming ainda se encontra numa fase embrionária.
Ainda neste universo, e como resposta ao investimento de outras plataformas de streaming (como a Apple Music, que financiou grandes produções vídeo para artistas como Drake ou Coldplay), o YouTube – pertença do Google – vai criar vídeos exclusivos para artistas emergentes através de uma iniciativa denominada Foundry.
Segundo o Bloomberg, é de esperar que as primeiras sessões ao vivo, registadas em Londres e Los Angeles, surjam no YouTube nos próximos dias. Outra sessão deverá decorrer em Nova Iorque no final do mês, na qual estarão envolvidos cinco artistas também em início de carreira, entre os quais BJ The Chicago Kid e Gemaine.
Este será apenas um primeiro passo de um envolvimento com a música que se adivinha maior, sublinha a Music Business Worldwide.
Para terminar, revelamos a sugestão de cinema desta semana.
Destaque para o filme “Demolição”, do realizador Jean-Marc Vallée, e que conta com nomes como Jake Gyllenhaal, Naomi Watts, Chris Cooper e Heather Lind no elenco.
A história desta película centra-se em Davis (Jake Gyllenhaal), um banqueiro de investimento bem sucedido que se esforça para superar a perda da sua esposa num trágico acidente de carro.
O que começa como uma carta de reclamação para uma empresa de vending machine transforma-se numa série de cartas reveladoras e surpreendentes.
Fica o link para espreitar o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=amHXrdAeRQM