Alentejo: Chocalhos são Património Imaterial da UNESCO.
É a segunda distinção que uma tradição alentejana recebe no espaço de apenas um ano. Depois do cante agora foram os chocalhos a serem reconhecidos como Património Imaterial da UNESCO.
O fabrico de chocalhos foi considerado, esta terça-feira pela UNESCO, Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade de Salvaguarda Urgente.
A decisão foi tomada às 14:20 de hoje (hora de Lisboa), ao início da tarde na 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, a decorrer em Windhoek, capital da Namíbia, até sexta-feira.
A candidatura foi apresentada este ano à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e aceite na manhã desta terça-feira.
O pedido de inscrição resultou de uma parceria entre o Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Câmara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Freguesia de Alcáçovas.
Desta feita, o Alentejo recebe a segunda distinção de Património Cultural Imaterial em apenas um ano.
Já nas palavras do Presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, “a classificação do Fabrico de Chocalhos contribuirá, seguramente, para o desenvolvimento do concelho e da região. Esta conquista valoriza os
chocalheiros e esquilaneiros, assim como o seu engenho e todo o património material e imaterial do concelho e respetivas potencialidades”.
Segundo o Presidente da Turismo do Alentejo / Ribatejo, António Ceia da Silva, “a identidade é um valor determinante na diferenciação e certificação de um destino turístico, logo o título agora conquistado pelo Fabrico de Chocalhos vem reforçar, junto dos mercados, a singularidade e diversidade de um Alentejo que se posiciona pela excelência e singularidade”.
Para a Embaixadora da Namíbia em Portugal, Helena Paiva, “Portugal regogiza-se com a inscrição do Fabrico de Chocalhos na Lista de Salvaguarda Urgente do Património Cultural Imaterial da Unesco, em particular porque tal aconteceu na primeira reunião do Comité em África, continente com o qual partilhamos relações culturais e históricas muito próximas”.