Beja: Bombeiros do distrito endurecem posição face à ANPC.


Bombeiros criam “Comando Autónomo Interno”, para reforço de meios em ocorrências no distrito. Os “Soldados da Paz” garantem às populações que “em nenhuma circunstância, a suspensão da prestação de informação ao CDOS, afetará a prestação de socorro”.

Mais de três dezenas de comandantes e operadores de centrais telefónicas dos quinze corpos de bombeiros do distrito de Beja, reuniram-se esta manhã nesta cidade, para definirem diretrizes, relativamente às decisões tomadas no sábado, em Santarém durante o Conselho Nacional Extraordinário da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Uma das decisões de uma “Ordem de Serviços” analisada pelos presentes, foi a criação de um “Comando Autónomo Interno” (CAI), para que “eventuais pedidos de reforço de meios externos ao Corpo de Bombeiros (CP), seja transmitida à Central desse CP, cujo comandante diligenciará esse pedido ou dele dará conhecimento ao Corpo de Bombeiros vizinho ou à GNR, PSP, INEM ou eventualmente o SMPC”. Este CAI atuará e gerirá o reforço de meios de desencarceramento ou viaturas de combate a incêndio, continuando o socorro pré-hospitalar a ser gerido pelo CODU/ INEM.

Do encontro saiu o reforço da comunicação às populações que “em nenhuma circunstância, a suspensão da prestação de informação ao CDOS, afetará a prestação de socorro”, disse ao JN, Pedro Barahona, comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja (BVBeja), que acrescentou que “o objetivo é que a população saiba mais do que a cadeia de comando”, ao não ser transmitida a informação operacional sobre ocorrências, visando “deixar a ANPC às escuras”, resumiu.

Pedro Barahona acrescentou que ao CDOS “deixa de remetida a informação operacional por via informática, telefónica e também via rádio” sobre o desenrolar das operações “nem tão pouco os Pontos de Situação” sobre as ocorrências”, justificou.

O comandante dos BVBeja garantiu às populações que “a suspensão da prestação de informação ao CDOS, não afeta a receção, despacho ou envio de meios e socorro, em resposta a pedidos de socorro de qualquer entidade, incluindo o CDOS”, rematou.

Na “Ordem de Serviço”, os comandantes dos bombeiros deixam claro que “a suspensão da informação ao CDOS, e os procedimentos definidos, manter-se-ão por tempo indeterminado, até informação em contrário, transmitida pelo Comando”.

O Lidador Notícias (LN) contactou por via telefónica, o Tenente-coronel Vítor Cabrita, comandante do CDOS de Beja, para obter uma reação sobre as decisões tomadas pelos comandantes dos bombeiros, mas o mesmo informou que “estava em reunião”. Ao longo do dia vamos procurar chegar à conversa com o CODIS de Beja, para conhecer a sua opinião sobre as decisões tomadas esta manhã.

Teixeira Correia

(Jornalista)


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