Campo Maior: Festas das Flores, o triunfo coletivo de um Povo.
“Foi mais um êxito, com multidões diárias, que contou com a dedicação do Povo de Campo Maior”, foi assim que João Rosinha, o presidente da Associação das Festas do Povo (AFP), analisou mais uma edição da exaltação das flores de papel.
Num primeiro balanço, Rosinha considerou que foram conseguidos “os objetivos a que nos propúnhamos”, não revelando se foi ultrapassado o número de um milhão de visitantes de 2011. “Todas as estruturas funcionaram apesar das alterações que introduzimos”, referindo-se ao fato de os visitantes pagarem bilhete para ver as ruas e ao novo modelo de estacionamento.
“O balanço final será feito durante a semana, mas estamos convictos que chegámos ao número de visitantes esperado e desejado”, sintetizou.
Quanto àquele que considerou como o momento alto das Festas, o presidente da AFP, justificou que “todos os dias foram marcantes e importantes”, acrescentando que a presença “maciça de espanhóis, muito mais do que em outros anos”, foi um marco importante do evento, sintetizou.
A Associação das Festas do Povo e a Câmara Municipal de Campo Maior já têm em seu poder o dossiê para a candidatura a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO que vai apresentada até final do corrente ano, João Rosinha acredita que “a candidatura vai ser um êxito, e será um orgulho para Campo Maior, o Alentejo e Portugal, porque as Festas são do Povo”, justificou.
Num remate emocionado, João Rosinha desabafou: “já estamos com saudades e esperar pelas próximas”, concluiu.
Cerimónia Oficial de Encerramento (Discursos)
Pedro Morcela (presidente da Assembleia Municipal de Campo Maior): “Estas foram, seguramente, as melhores festas de sempre que o Mundo alguma vez viu. São um exemplo que o País, num momento austero, permite a criação de emprego. Os campomaiorenses voltaram a cumprir a sua obrigação, mas não resolve os problemas do País, mas o povo de Campo Maior vai dar um ainda maior à Nação com o reconhecimento da Unesco”.
Ricardo Pinheiro (Presidente da Câmara de Campo Maior): “Foi um grandioso espectáculo que Campo Maior ofereceu ao Mundo. A cobrança de entradas mostrou-se positiva no novo modelo das Festas, garantindo o seu próprio financiamento. A candidatura à Unesco é uma marca da Humanidade de um Povo. O futuro Museu é fundamental para as Festas. O turismo é um pilar da economia portuguesa. Mérida, Cáceres, Elvas e Campo Maior, são um quadrado no âmbito do Património Histórico da Península Ibérica. Campo Maior tinha 200 cidadãos (famílias ciganas) que ocupavam espaços públicos sem regras e foi transformado um espaço urbanístico, onde vamos investir 4 milhões de euros, cam várias comparticipações. Eu sou honesto, os funcionários públicos são honestos, quando mexemos em dinheiro somos gente de confiança“.
Pedro Passos Coelho (Primeiro-ministro): “Há quatro anos enalteci o modelo e o exemplo de sucesso das Festas que volto hoje a fazer. Os modelos, os formatos e o seu sucesso, são feitos pelas pessoas e os campomaiorenses conseguiram de novo dar um exemplo de grande unidade e coletivismo. O Governo apoia a candidatura das Festas à Unesco. Há 4 anos estávamos a iniciar um momento difícil, mas lançámos sementes para a prosperidade e o futuro do País. Temos que revisitar as condições financeiras, sem perder a cabeça, sem aumentar despesas, e redistribuir melhor as verbas que as autarquias recebem do Estado. O turismo e o turismo cultural têm condições para dar ainda mais ao País. Portugal não é só o Algarve. Precisamos de ter uma economia mais ao serviço das pessoas”.
Quando eram 19.00 horas, no Jardim Municipal (como documenta a foto do Lidador Notícias), cada um dos “cabeças de rua” das 99 que estavam decoradas, trouxeram um efeito florido e numa fogueira, marcou-se o final das Festas do Povo de 2015. E agora, as próximas Festas serão em 2019 ? “Como diz o ditado “aqui as flores nascem quando o povo quer …”.
Teixeira Cor