Univision Deportes: Canal de televisão do México grava em Beja a “outra face” de Pedro Caixinha.
O canal de televisão do México, UNIVISION DEPORTES, cuja base na Europa está sedeada em Madrid (Espanha) tem estado em Beja, onde acompanha Pedro Caixinha e vai dar a conhecer a outra vida (a outra cara) do antigo treinador do Santos Laguna.
Jornalista, 24 anos
Correspondente na Europa (Madrid) do canal de televisão UNIVISION DEPORTES
Depois de quase três anos à frente do Santos Laguna, o canal de televisão mexicano Univision Deportes (UD), tem estado em Beja a fazer uma reportagem para dar a conhecer quem é, onde nasceu e como começou Pedro Caixinha. No auditório da Escola Superior de Ducação, durante o seminário onde o treinador foi a estrela da tarde, o jovem jornalista Daniel Chanona, um dos dos mais atentos às palavras do antigo téxcnico da equipa de La Laguna. No final da sessão o Lidador Notícias entrevistou Daniel e saber as razões da vinda da UD a Beja.
LIDADOR NOTÍCIAS (LD): Que trouxe a Univision Deportes até Beja ?
DANIEL CHANONA (DC): Queremos mostrar ao povo mexicano “a outra cara” (a outra vida) de Pedro Caixinha. No México, em quase 3 anos, logrou fazer história com um clube, que estruturalmente foi sempre importante, mas, faltava dar-lhe o salto de qualidade e títulos, e Pedro deu-lhe esse estatuto. Ao príncipio chamou a atenção, por ser um técnico quem não conheciamos nada e era tido como alguém que não conhecia nada do México. Desde logo na imprensa nacional se especulava se seria um novo “José Mourinho”, e num ano, chega a uma liguilla, no seguinte é Campeão e leva a equipa à Copa Libertadores. Agora queremos saber: de onde saiu Pedro Caixinha ? Conhecer as suas raízes, o seu “lado B”.
LD: O que vão procurar conhecer e visitar para conhecer “a outra cara” do Pedro ?
DC: Hoje (quinta-feira) estivemos no antigo Estádio Municipal, que agora é um escampado, e depois fomos ao estádio que tem o nome de um alguém do atletismo (Fernando Mamede disse o Lidador Notícias) …. é esse. Esses foram os dois locais onde o Pedro começou como treinador e descreveu-nos as sensações de voltar a esses palcos.
LD: Daniel, como conheces-te o Pedro ?
DC: Pessoalmente não o conhecia. No México fiz três ou quatro conferências de imprensa com ele, mas sem contato direto, porque escrevi para o jornal desportivo “Esto”, era o correspondente em Chiapas. Sempre houve uma grande rivalidade entre o Chiapas e os Santos Laguna e nos quartos-de-final da liguilla jogaram três vezes consecutivas e sempre o Santos ganhou.
LD: Porque agora a reportagem ?
DC: Agora que temos a dependência em Madrid, e no último semestre do ano fazemos um grande trabalho sobre o Santos Laguna para passar no México. Sabendo que o Pedro Caixinha estava em Portugal, fizemos o contato e ele acedeu a fazer este trabalho Especial para enriquecer a reportagem sobre o clube.
LD: Como jornalista como analisas o trabalho do Pedro, de quase três anos, no Santos Laguna ? Que levou ele de novo para o futebol mexicano ?
DC: Hoje (ontem), aqui nesta sala com aquilo que explicou, percebi melhor, o trabalho que desenvolveu. Foi excepcional. Os conceitos para criar um futebol diferente e mais tacante. No México há duas escolas. O “Volpismo”, de Ricardo La Volpe, e o “Puentismo”, de Manolo Puentes. Um defende o principio de que se estou a ganhar “entrincheiro-me e meto o autocarro a trás” e o outro “menos fechado, mas com uma linha de cinco defesas”, e a espectacularidade do futebol não existe. Estas são escolas que vão ficar caducas e o Pedro Caixinha chegou e reinventou os sistemas de jogo.
LD: Criou uma nova escola ? Haverá o “Caixismo” no México ?
CD: Não sei. Ainda será um pouco cedo para o confirmar. Mas o Pedro tem que seguir a transmitir esses conhecimentos no México para a tornar possível.
LD: Que diferenças há entre Beja e La Laguna ?
CD: Creio que as diferenças são abismais. Por tudo, pela cultura, pelos costumes, pelo idioma, no entanto há um aspeto em que são muito iguais, onde prevalece a família. São cidades muito similares em termos de população, terão entre os 30 e os 50 mil habitantes. O Santos são cultivou muito a família, que o Pedro partilhou e transmitiu a sua vivência.
Percebeu-se que apesar de muito jovem, Daniel Chanona, é um amante e profundo conhecedor do futebol mexicano, e é mais um fã de Pedro Caixinha, o Homem e o Treinador.
Teixeira Correia
(jornalista)