Viana do Alentejo: Por não aceitar o divórcio, pastor matou a mulher com 17 facadas.


Começa hoje em Évora, o julgamento de Joaquim Ganso, de 54 anos, que em maio do ano passado matou a mulher à facada no Jardim Público de Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo.

Em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, está acusado dos crimes de violência doméstica e homicídio qualificado, arriscando 25 anos de cadeia.

Segundo o despacho de acusação a que o LN teve acesso, Joaquim Ganso “matou Maria Silvéria, de 52 anos, com 17 facadas, três das quais, perfuraram os pulmões e o coração e foram a causa direta da morte da mulher”.

O homem, pastor de profissão, não aceitava o divórcio da mulher com quem casara há 35 anos e com quem tinha três filhos maiores, que dois meses antes saíra de casa e ido viver com um deles, face às constantes agressões, físicas e verbais, do marido.

Por diversas vezes, Joaquim agrediu a mulher na presença dos filhos. Numa das ocasiões, como consta da acusação, “pegou num pau, que utilizava como cajado e desferiu várias pancadas no corpo de Maria. Por recear pela vida Maria levou os filhos e pernoitou no campo, debaixo de uma árvore”.

No dia 6 de maio de 2017, munido de uma faca com uma folha com cerca de 20 centímetros, Joaquim deixou a Herdade do Monte Velho, nas imediações de Alcáçovas, e foi à vila com o objetivo de matar a mulher.

O crime ocorreu quando Maria tomava café com a mãe e duas primas, na esplanada do Jardim, quando foi surpreendida por Joaquim que a agarrou e imobilizou com um braço à volta do pescoço e desferiu-lhe 17 facadas na face, pescoço, braços e tórax.

Depois do homicídio o agressor não ofereceu resistência, tendo sido agarrado por um popular e instantes depois algemado e detido pela GNR.

Teixeira Correia

(jornalista)


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