Violência doméstica: Queixas aumentaram em 2016. Distrito de Beja com aumento de 20,8%.
A PSP e a GNR registaram 13123 ocorrências de violência doméstica no primeiro semestre de 2016, representando um aumento de um por cento em relação ao mesmo perÃodo de 2015, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
O documento “violência doméstica – 2015, relatório anual de monitorização“, da responsabilidade da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), indica que as forças de segurança receberam mais 125 participações no primeiro semestre de 2016 em relação ao perÃodo homólogo de 2015.
O distrito de Beja é o que regista menos participações (122) em 2016, mas aquele que sofre um maior aumento de queixas de violência doméstica no primeiro semestre de 2016, tendo subido 20,8% face ao mesmo perÃodo de 2015.
Um caso é marcante no distrito no ano passado. Em 29 de agosto em Montes Velhos (Aljustrel), um homem matou a mulher com tiro de caçadeira e suicidou-se. Queixa por violência doméstica na GNR e saÃda de casa, terá estado na origem do crime.
O relatório, disponibilizado agora pela DGMAI, adianta que o maior número de queixas foi apresentado à PSP, que registo um aumento de 3,6% nos primeiros seis meses de 2016 face a perÃodo idêntico do ano anterior, enquanto as participações que chegaram à GNR diminuÃram 2,6%.
Segundo o mesmo documento, a GNR recebeu 5461 queixas de violência de doméstica e a PSP 7662.
Os distritos com mais queixas de violência doméstica, nos primeiros seis meses de 2016, foram Lisboa (3047), Porto (2357) e Setúbal (1108).
Já os distritos que registaram menos participações foram Beja (122), Guarda (151) e Bragança (159).
O relatório indica também que foi o distrito de Beja que registou o maior aumento de queixas de violência doméstica no primeiro semestre de 2016, tendo subido 20,8% face ao mesmo perÃodo de 2015, seguido de Braga, que verificou um aumento de 6,1%.
Já os distritos com maiores descidas no primeiro semestre de 2016 foram a Guarda (menos 20,1%) e Santarém (menos 15,1%).
“Os dados relativos ao primeiro semestre de 2016 apontam para um ligeiro aumento de ocorrências participadas à s forças de segurança, tornando-se no entanto necessário aguardar pelo final de 2016 para confirmar ou reduzir esta tendência”, refere ainda o relatório.