“O Alqueva tem sido alvo de um trabalho técnico para a monitorização e contabilização dos valores e dos detalhes de pagamentos, e respetiva celebração de um acordo do pagamento que é devido”, disse Maria da Graça Carvalho num encontro com a homóloga espanhola Teresa Ribera.
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, garantiu esta quarta-feira que Portugal será compensado financeiramente por Espanha pela água captada ilegalmente nas últimas décadas na bacia do Alqueva, tal como tem vindo a ser exigido pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva. Pelas contas da EDIA, o valor que Madrid deve aos portugueses pela água captada ascende já a 40 milhões de euros.
“O Alqueva tem sido alvo de um trabalho técnico entre a Agência Portuguesa do Ambiente, a EDIA e as congéneres espanholas para a monitorização e contabilização dos valores e dos detalhes de pagamentos, e respetiva celebração de um acordo do pagamento que é devido”, disse a ministra à margem de um encontro que com a homóloga espanhola, Teresa Ribera, em Lisboa. Maria da Graça Carvalho confirmou que este trabalho está a correr bem e, por isso, não esteve sequer em cima da mesa na reunião bilateral. Â
“O que está em cima da mesa é haver um acerto em relação ao que se passou e o que se está a passar na EDIA. Contabilizar, monitorizar, é isso que está a acontecer”, garantiu a ministra, sem avançar mais detalhes sobre quando o valor deverá estar apurado e quando poderá ser efetuada a devolução.
Ainda sobre o Alqueva, as duas ministras garantiram que os transvases entre o Alqueva e as regiões transfronteiriças, como pedem os autarcas espanhóis, não estão em cima da mesa. “Não somos apologistas de grandes transferências dentro da mesma bacia hidrográfica. Tudo pode ser resolvido com medidas de poupança de água e eficiência hÃdrica, aproveitamento de ribeiras e pequenas transferências. Os grandes transvases têm grandes impactos ambientas e financeiros e não estão em cima da mesa”, disse Maria da Graça Carvalho.