Revitalização: Termina hoje prazo de homologação do plano de Vale da Rosa, Uval e Silvestre Ferreira.


Entregues no passado dia 5 de maio no Tribunal de Ferreira do Alentejo-Juízo de Competência Genérica termina hoje o prazo para credores reclamarem dos planos apresentados. 

Jorge Calvete o administrador de insolvência dos devedores António José Ramos Silvestre Ferreira, Vale da Rosa – Sociedade Agrícola, Lda e Uval -Sociedade Agrícola, Lda entregou na passada segunda-feira no Tribunal de Ferreira do Alentejo-Juízo de Competência Genérica a versão final dos planos de revitalização, correndo o prazo de 5 (cinco) dias subsequentes à publicação judicial, para qualquer credor alegar nos autos o que tiver por conveniente quanto ao mesmo plano, designadamente circunstâncias suscetíveis de levar à sua não homologação.

No dia da publicação o devedor António José Ramos Silvestre Ferreira apresentava uma lista de 116 credores, a Vale da Rosa – Sociedade Agrícola, Lda 100 credores e a Uval -Sociedade Agrícola, Lda um total de 49 credores. No total as três empresas sediadas o concelho de Ferreira do Alentejo apresentava um total de 265 credores, entre os quais muitos bancos, repetidos entre os três.

Plano de recuperação do grupo Vale da Rosa impõe perdas de oito milhões à banca. Segundo a publicação eletrónica eco.sapo, plano de recuperação do grupo Vale da Rosa prevê um perdão de dívida de, pelo menos, oito milhões de euros a assumir pelos bancos. É este o esforço para assegurar o futuro da produtora de uva sem grainha fundada pelo comendador António Silvestre Ferreira, com mais de 200 trabalhadores, e que passará para as mãos da Iberian Premium Fruits e a Sanlucar Fruits. Os espanhóis injetaram mais de 3,5 milhões para garantir a campanha da uva de 2025 e podem ficar com 85% do negócio, se houver aval dos credores.

Recorde-se que no dia 18 de dezembro do ano passado, deram entrada no Juízo de Competência Genérica de Ferreira do Alentejo, os três requerimentos de Processo Especial de Revitalização (PER) interpostos pela empresa mãe Vale da Rosa, a subsidiária Uval e o proprietário/gerente António Silvestre Ferreira, tendo a juíza, a quem foi distribuído o processo, nomeado o administrador judicial.

De acordo com informações prestadas ao Lidador Noticias (LN) por fonte ligada ao processo, “as empresas e o empresário em nome individual recorreram ao Processo Especial de Revitalização, tendo sido nomeado o mesmo Administrador Judicial Provisório para cada um dos três processos”.

A mesma fonte descreveu quais são os passos seguintes do processo: “segue-se a reclamação de créditos, elaboração de listas de credores e negociação com credores com vista à implementação de um plano de recuperação conjunto do grupo empresarial”, justificou o nosso interlocutor.

Em 23 de dezembro de 2024, o LN revelou que a 19 de dezembro tinha dado entrada no Juízo Central Cível e Criminal do Tribunal de Beja uma Execução Ordinária que tem como exequente o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A., Sucursal em Portugal e como executados a Vale da Rosa – Sociedade Agrícola, Lda. e António José Ramos Silvestre Ferreira. De acordo com a publicação da execução no Portal Citius, em causa está o valor de 820 692,12 euros, tendo já sido nomeada uma Agente de Execução.

Teixeira Correia

(jornalista)


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