Beja: “Limpou” ouro e jóias de oito residências e “apanhou” 16 anos de prisão.
Ladrão de residências no concelho de Vidigueira foi condenado a 16 anos de prisão por oito crimes. Em cúmulo jurídico a pena foi fixada em 8 anos. Ficou em liberdade a aguardar trânsito em julgado da decisão judicial.
Um indivíduo de 42 anos, residente em Alcaria da Serra (Vidigueira), acusado de cinco crimes de furto qualificado e três crimes de furto qualificado, na forma tentada, foi condenado por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja a 16 anos e 1 mês de prisão, que em cúmulo jurídico foram “reduzidos” a 8 anos de prisão efetiva.
Os oito crimes foram perpetrados por Hélder L., entre fevereiro de 2010 e julho de 2014, em residências, algumas das quais em pequenos aglomerados populacionais do concelho de Vidigueira, incluindo na aldeia onde reside.
Nos diversos furtos levados a cabo o arguido, levou objetos em ouro e prata, acima de tudo anéis e pulseiras, moedas e material eletrónico, que depois vendeu a recetadores, apoderando-se de bens de valor superior a 10.600 euros.
Durante a leitura da sentença o juiz presidente referiu que o arguido “teve sorte”, justificando que “as pessoas da sua terra são boas, na minha terra faziam-lhe uma espera”, concluiu.
O magistrado foi mais longe e exortou “à inspiração cristã ou à sua boa vontade”, para mudar o comportamento, mas “você não muda coisíssima nenhuma”, rematou.
No final da leitura do acórdão, o juiz não alterou as medidas de coação, para prisão preventiva, pelo que Hélder L., vai aguardar em liberdade o trânsito em julgado da decisão.
Também no banco dos réus sentou-se Francisco G., 48 anos, residente em Marmelar (Vidigueira), acusado 1 crime de furto qualificado, em co-autoria material e na forma tentada, mas foi absolvido.
Conexo a este processo, está um outro que corre em Beja, e que o Procurador do Ministério Público do Tribunal de Cuba decidiu separar, onde está a ser investigada a prática do crime de recetação, cometido por Leonor P., a quem foram apreendidos diversos objetos que tinham sido furtados por Hélder L..
Teixeira Correia
(jornalista)
