Terça-feira, Novembro 25, 2025

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Almodôvar: Descobriu que a companheira teria um relacionamento com o melhor amigo e tentou mata-la.

Um individuo de 27 anos, residente no concelho de Almodôvar, começa a ser julgado na segunda-feira no Juízo Central Criminal do Tribunal de Beja, acusado dos crimes de homicídio qualificado agravado, na forma tentada, e de violência doméstica agravado, perpetrados contra a ex-companheira.

O homem responde ainda pelos crimes de condução de veículo sem habilitação legal e detenção de arma proibida. Há data dos factos, 15 de janeiro de 2024, o casal tinha duas filhas em comum, de 2 e 3 anos, respetivamente.

De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público (MP) de Almodôvar, a que o JN teve acesso, a atitude violenta do arguido teve início quando este foi à residência da vítima para ir buscar os seus pertences e falar com esta para um possível reatar da relação. O MP sustenta que dentro de um dos quartos da residência, “sorrateiramente, o arguido foi espreitar o conteúdo do telemóvel da ofendida, descobriu que esta tinha, já há algum tempo, uma relação amorosa com o seu melhor amigo”, o que provocou a ira do indivíduo.

Ato contínuo e ainda no interior da residência o arguido agarrou numa estátua de porcelana que estava em cima de um móvel e com esse objeto desferiu duas pancadas na testa da ofendida, uma pancada no dedo anelar direito e outra pancada no pulso esquerdo da ofendida.

Hora e meia após a agressão, o arguido regressou à casa da vítima conduzindo um automóvel, sem ter carta de condução, transportou consigo uma espingarda e três cartuchos de calibre 36, tendo de dentro do veículo feito um disparo para as portadas venezianas da janela do quarto da ofendida.

Depois saiu do veículo, arrombou a porta do quintal a pontapé, apontou a espingarda à ofendida, que estava com uma das filhas ao colo e ordenou-lhe que fosse embora consigo, mas, ao ver a porta de uma vizinha aberta a mulher correu lá para dentro e refugiou-se no interior.

O MP mandou extrair certidão do despacho de acusação e remeter o mesmo para o Tribunal de Almodôvar onde decorre um processo de regulação das responsabilidades parentais. Mediante termo de identidade e residência (TIR), o arguido está a aguardar o julgamento em liberdade.

Teixeira Correia

(jornalista)  

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