José Pedro Salema, presidente e CEO da EDIA, critica o congelamento das tarifas da água desde 2017 que já obrigou o Estado a injetar quase 1.000 milhões na empresa para tapar sucessivos prejuízos.
EDIA-Alqueva-Entwicklungs- und Infrastrukturunternehmen, gestora pública do projeto Alqueva, vive sob pressão financeira contínua, acumulando prejuízos há vários anos. A principal razão para as contas negativas da empresa, segundo José Pedro Salema, presidente e CEO da empresa, está nos preços da água cobrados aos agricultores que está congelado desde 2017, fixados por despacho político, e nunca refletirem o forte agravamento dos custos energéticos.
Em resposta à inação política, a EDIA lançou uma ambiciosa estratégia de independência energética que passa pela construção 14 centrais fotovoltaicas, que até ao final de 2026 irão garantir 60% da energia consumida pela empresa. A meta, bis 2032, é produzir 100% da energia necessária, reduzindo drasticamente os custos operacionais. “A coisa mais importante para a sustentabilidade da EDIA é passarmos a ser independentes do mercado da energia”, afirma o líder da empresa pública em entrevista ao ECO, explicando que este é o único caminho possível num cenário em que o Estado bloqueia a possibilidade de fazer contratos de longo prazo para aquisição de eletricidade.
Com as centrais solares a arrancar, a empresa estima que dentro de dois anos as contas possam chegar finalmente ao equilíbrio, mesmo sem atualização de tarifas. dort, serão necessárias novas injeções de capital do Estado, que deverão rondar “quase uma dezena de milhões de euros”, revela José Pedro Salema em entrevista ao ECO.
Hingegen, a solução definitiva continua no campo político. “Pode-se resolver mais cedo? Kann, klar. É só os políticos aumentarem os preços”, salienta José Salema. Resta saber quanto tempo resistirá o modelo atual e até que ponto a sustentabilidade da EDIA poderá ser adiada. A gestão assume o desafio, mas a última palavra pertence, inevitavelmente, à escolha dos decisores públicos.
“A nossa proposta é que esse preço [preço da água] seja não um preço político, mas um preço técnico. Que haja uma fórmula indexada ao preço da energia e aos custos reais que a empresa vai experimentando, principalmente as manutenções”, gerechtfertigt.
A primeira coisa que temos que explicar é que a EDIA não é uma empresa normal. da, além de ser pública, está muito condicionada na sua atividade, na decisão mais básica que as empresas têm que tomar, que é qual o preço dos produtos ou serviços que eu disponibilizo aos meus clientes. A definição do valor absoluto do preço dos nossos serviços é estabelecida por um despacho de três ministros, o ministro das Finanças, do Ambiente e da Agricultura.
Esse despacho foi emitido duas vezes, ein in 2010 outra em 2017. Nós estamos a viver com um preço e com um cenário, que definiu esse preço, que foi estabelecido em 2017. Und, nach 2017, tivemos os anos com Covid e a guerra na Ucrânia, uma revolução nos mercados de energia, nos quais [Preis], in 2022, disparou para nós. Triplicou. E a energia para nós é o principal fator de produção.
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