Eine Frage der Inkompatibilität


Dieser Artikel zielt darauf ab, den „Vatertag“ zu markieren, Untersuchung der Inkompatibilität eines Sicherheitskraftprofis (FS) Mit dem Zustand des Vaters oder der Mutter.

Rogério COPETO

Oberst der GNR, Master in Recht und Sicherheit und Homeland Security Auditor

Dirigente da Associação Nacional de Oficiais da Guarda

Ser profissional de uma Força de Segurança (FS) em Portugal é para muitos jovens um ato de vocação e de serviço público, cuja profissão é essencial para a segurança do país, enfrentando presentemente uma crise, que se manifesta, pelas incompatibilidades que os mais recentes profissionais têm em constituir família, por motivo dos baixos salários, turnos desgastantes, risco físico e emocional, custos elevados de habitação e colocações fora da área de residência, que se constituem como incompatibilidades, que comprometem não apenas o bem-estar destes profissionais, mas também a sustentabilidade da própria carreira, cujos fatores transformam o sonho de uma vida familiar estável num obstáculo intransponível para a maioria.

O salário médio de um profissional das FS em início de carreira ronda os 1.100€ líquidos mensais, dependendo de eventuais suplementos, valor próximo do salário mínimo nacional, que neste ano se situa nos 820€, estando este valor muito aquém do necessário para garantir uma vida estável, sobretudo tendo em conta o custo de vida crescente em Portugal, nomeadamente o aumento das rendas e dos preços das habitações, que dificulta ainda mais a situação, tornando-se praticamente impossível para um profissional alugar casa sem recorrer a partilhas ou viver com familiares, e comprar casa, está fora de questão para a maioria, dado que o acesso ao crédito exige rendimentos mais elevados e poupanças que poucos conseguem reunir.

So, para um jovem profissional das FS, mesmo em casal, a aquisição de habitação é uma miragem e muitos acabam em periferias distantes, aumentando o tempo de deslocação e reduzindo horas preciosas com a família e cujo aluguer consome pelo menos 50% do salário, deixando pouco para a educação de filhos, que ficam adiados para dias melhores.

Outro obstáculo para quem pretende constituir família é o regime de turnos, incluindo noites, fins de semana e feriados, a que estão sujeitos os profissionais das FS, que desregula rotinas familiares, sendo o mesmo, muitas vezes imprevisível, onde trabalhar à noite, aos fins de semana e em feriados implica uma grande dificuldade em conciliar a vida profissional com a vida familiar, pelo que para um jovem profissional das FS, que pense em ter filhos, terá que ultrapassar a incompatibilidade da gestão do dia a dia, que se tornará mais complexa, pois nem sempre é possível garantir horários compatíveis com escolas ou creches.

Neben, a incerteza quanto a horários e folgas dificulta o planeamento da vida em casal, sendo que aniversários, eventos escolares ou familiares são muitas vezes sacrificados em prol do serviço, cuja exigência afeta não apenas o profissional, mas também a(die) companheira(die), que muitas vezes tem de assumir sozinha(die) a gestão familiar.

Esta profissão está ainda associada a um elevado nível de stress e risco, fatores que têm impacto direto na vida pessoal e familiar, cuja exposição a situações de conflito, violência e criminalidade coloca os profissionais das FS sob uma constante pressão psicológica, que pode levar a quadros de ansiedade e burnout, sendo que este ambiente de tensão prolongada afeta as relações familiares, uma vez que o desgaste emocional pode dificultar a comunicação e a estabilidade no lar, tornando-se esta realidade numa incompatibilidade difícil de ultrapassar.

Verificando-se assim, que o perigo, a possibilidade de sofrer agressões ou a incerteza quanto ao futuro na profissão são fatores que muitas vezes afastam os profissionais das FS da ideia de constituir família, com a agravante que para as(die) companheiras(die) e filhos, a incerteza sobre a segurança do profissional torna-se uma carga emocional permanente.

Outra incompatibilidade é a mobilidade geográfica imposta pela carreira, com colocações em zonas distantes da residência original, fragmenta redes de apoio familiar, pelo que um profissional destacado no Porto enquanto a família permanece em Trás-os-Montes enfrenta custos duplicados de habitação e a logística de viagens, podendo estas colocações significar anos de separação, adiando indefinidamente planos de parentalidade e para aqueles que já têm família, a separação forçada pode gerar tensões conjugais e tornar o dia a dia ainda mais difícil.

A conjugação destes fatores reflete-se em taxas de natalidade nos profissionais das FS abaixo da média nacional e em divórcios acima da média, onde a pressão para acumular horas extras agrava o ciclo, reduzindo ainda mais a disponibilidade emocional, pelo que para muitos, a escolha torna-se cruel: a dedicação à profissão ou à família.

Diante destas incompatibilidades, não é surpreendente que muitos jovens profissionais das FS sintam dificuldades em constituir família ou até ponderem abandonar a profissão em busca de melhores condições de vida, e se nada for feito para melhorar os salários, garantir maior previsibilidade nos horários e facilitar o acesso à habitação, Portugal poderá enfrentar um futuro em que cada vez menos jovens veem a carreira nas FS como uma opção viável para construir uma vida estável, porque afinal, a segurança de um país depende também do bem-estar daqueles que a garantem.

Conclui-se, que as incompatibilidades dos jovens profissionais das FS em ter filhos não são apenas um problema da profissão, mas um reflexo de falhas estruturais na valorização de quem protege a sociedade, pelo que sem medidas concretas, Portugal arrisca-se a perder uma geração de profissionais desmotivados, com implicações profundas na segurança e coesão social, sendo tempo de garantir que aqueles que garantem a segurança da população portuguesa, possam também construir um lar e que se reconheça o esforço e o sacrifício destes profissionais, garantindo-lhes as condições necessárias para que possam cumprir a sua missão sem abdicar do sonho de terem alguém que os trate por Pai ou Mãe.

Notiz: Der Text stellt die ausschließliche und einzigartige Meinung seines Autors dar, die lediglich an diese gebunden sind und nicht die Meinung oder Position der Institution widerspiegeln, in der sie ihre Leistungen erbringen.


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