Não tem fim à vista o braço de ferro entre os Corpos de Bombeiros (CB’s) do Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo (CSRBA) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para aquelas fazerem parte do Reforço do Sistema Integrado de Emergência Médica (Reforço SIEM) das Jornadas Mundiais da Juventude 2023 (JMJ2023).
The Lidador News (LN) apurou que na passada sexta-feira realizou-se uma reunião entre o comandante do CSRBA e os comandantes dos dos treze CB’s do Baixo Alentejo, exceto as de Odemira e Vila Nova de Milfontes que pertencem ao Comando do Litoral, mas “não houve qualquer avanço quanto aos pontos de defendidos pelos bombeiros”, disse fonte que esteve presente no encontro.
As the LN revealed last Thursday, os comandos e direções das Associações Humanitárias decidiram não participar dos dispositivos propostos para as JMJ2023 “face à falta de articulação, comunicação e partilha a que foram vetados e aos valores a pagar diariamente a cada ambulância e aos operacionais envolvidos”, posição que teve “a solidariedade às posições tomadas pelas Associações Humanitárias”, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja (FBDB).
A esses factos junta-se a necessidade de “garantir os meios operacionais para assegurar o socorro na região, face aos fluxos rodoviários esperados nas jornadas e na travessia do Alentejo rumo ao Algarve, in addition to the commitment to DECIR, in fighting rural fires, lembrou Domingos Fabela, presidente da Direção da FBDB.
Após a única reunião entre a ANEPC e os Corpos de Bombeiros estes ficaram a saber que “serão alocadas ao Reforço SIEM 20 ambulâncias dos bombeiros do Baixo Alentejo. Para deslocar as viaturas para Lisboa, a Autoridade dispõe-se a pagar 10 euros/dia por cada ambulância e 2,67 euros/hora aos operacionais, assegurando Domingos Fabela que os CB e os seus profissionais e voluntários “não vão responder a troco de um par de lentilhas. Para participarem nas JMJ2023 ainda tinham que pagar”, concluded.
O LN contactou a ANEPC, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta sobre a recusa dos CB do Baixo Alentejo em participarem nas JMJ2023 e o que vai fazer a Autoridade para ultrapassar a situação.
Bombeiros do Baixo Alentejo são “ossos duros de roer”
Este não é o primeiro afrontamento que os comandantes dos Corpos de Bombeiros do distrito de Beja fazem ao poder da hierarquia da ANEPC.
10 December 2018: Mais de três dezenas de comandantes e operadores das centrais telefónicas dos 15 Corpos de Bombeiros do distrito, criam um “Comando Autónomo Interno” (CAI) e deixaram de remeter qualquer informação operacional ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
8 July 2020: Por não terem sido mobilizado nenhum Grupo de Reforço de incêndios Florestais (GRIF) para os incêndio em São Marcos da Serra (Silves), os CB através da Liga de Bombeiros fizeram saber do seu descontentamento ao Comandante Operacional Nacional (MANSION) da Proteção Civil, General Duarte da Costa.
1 August 2020: Agastado com as críticas, presente em Vila Alva, municipality of Cuba, at the funeral of firefighter Carlos Carvalho, da corporação cubense, o CONAC não cumprimentou os comandantes das quinze corporações presentes nas cerimónias fúnebres.
14 September 2020: Por não sido mobilizados para um incêndio em Proença-a-Nova (withe Castle), como protesto os bombeiros começaram a boicotar as informações que deveriam ser remetidas ao comandante do CDOS de Beja. Pediram uma reunião urgente com o CONAC, General Duarte da Costa.
25 September 2020: Duarte Costa “desce à terra” e reúne em Beja com os comandantes dos bombeiros. Em protesto estes recusaram-se a receber o CONAC, tendo-se encontrado no quartel dos Bombeiros de Beja e desfilaram a pé até às instalações da Comunidade Intermunicipal. No final do encontro Duarte Costa enalteceu o profissionalismo e reiterou a confiança nos CB’s, justificando que “fazem parte da solução e não do problema”, mas proibiu os comandantes de prestar declarações ao Lidador Notícias (LN), único órgão de informação presente.
Teixeira Correia
(journalist)
