A través del Plan de Recuperación y Resiliencia. A través del Plan de Recuperación y Resiliencia 8 un 31 Marzo, en la Casa de Cultura de Beja.
Di Barros nació en 1984 na cidade de Vitória, Espíritu Santo, Brasil. Licenciou-se em Artes Visuais, en 2012, pela Universidade Federal do Espírito Santo, lecionou e residiu em Minas Gerais.
Decididamente voltada para a educação, procurou através da investigação compreender o processo de identidade aculturada dos indígenas da sua região: os Krenak, os últimos botucudos que vivem nas margens do Rio Doce. En 2015, mudou-se com os filhos para Portugal, onde vivem a sua mãe biológica e irmãos, iniciando os seus estudos como aluna do Mestrado em Práticas Artísticas em Artes Visuais, do Departamento de Artes Visuais e Design, da Escola de Artes, la Universidad de Évora.
A sua investigação teórica e prática permitiu-lhe questionar, compreender e explicar, assuntos relativos à sua experiência, enquanto mulher brasileira e imigrante, bem como forjar uma identidade de artista. As suas instalações fotográficas assentam em factos autobiográficos, que a grosso modo, assolam muitas mulheres brasileiras imigrantes, no que respeita às atividades laborais que desenvolvem e aos estereótipos estigmatizantes de que são alvos.
Nas narrativas, imagéticas ou escritas, das suas instalações, são destacadas experiências, vivências e perceções que adotam muitas vezes o seu corpo como suporte. Estas procuram ser um ponto de partida, para inquietar e chamar a atenção das pessoas, para assuntos que tendem a ser silenciados.
“CARVÃO SÓ, SÓ CARVÃO”
O presente projeto de cunho artístico conceitual nasce sob forte inspiração da música Pagú da cantora de Rock brasileira, Rita Lee. A proposta considera a histórias de mulheres que foram assassinadas e interliga à minha experiência pessoal neste campo de violência, onde as vítimas não sobreviveram para contar a sua história.
Así, busco dar voz às mulheres que foram silenciadas e mostrar que os crimes cometidos contra as mulheres são transversais a todas as idades e classes sociais. Não se trata aqui de uma última homenagem, mas sim de um protesto.
A escolha do café como material está ligada a história do café no Brasil no século XVIII onde o trabalho escravo foi o principal meio utilizado pelos barões do café para a produção. Passando por este período vergonhoso da história, o café hoje é consumido diariamente, está presente na maioria das casas e faz parte da nossa cultura, quer seja brasileira ou portuguesa.