Vigilancia en regiones de pocas población


Os territórios de baixa densidade populacional apresentam desafios únicos às Força de Segurança (FS), tais como a vastidão do território, a dispersão da população, o envelhecimento da população, o isolamento geográfico e os recursos limitados, no entanto a segurança pública não pode ser descurada.

Rogério COPETO

Coronel de la GNR, Master en Derecho y Seguridad de la Patria y Auditor de Seguridad

Director de la Asociación Nacional de Oficiales de Guardia

Nestas regiões ocorrem, maioritariamente crimes contra o património, como furtos e burlas e crimes contra as pessoas, nomeadamente injurias, ofensas à integridade física e violência doméstica, para além dos crimes de incêndio no verão, merecendo também especial atenção, por motivo do aumento da imigração, os crimes de exploração laboral e de tráfico de pessoas.

Perante este diagnóstico, exigem-se estratégias específicas de um modelo de policiamento adaptado, combinando presença policial através de programas de policiamento de proximidade, do recurso à tecnologia e cooperação institucional.

Os desafios do policiamento em zonas de baixa densidade populacional são a dificuldade em cobrir grandes áreas com poucos efetivos, a vulnerabilidade da população a crimes específicos e a dependência de respostas oportunas, pelo que se torna necessário otimizar os poucos recursos humanos, recorrendo-se à tecnologia e às parcerias locais.

Revela-se assim de extrema importância a aposta na proteção aos idosos através do reforço de Programas de Apoio aos Idosos, onde as visitas domiciliares aos idosos mais vulneráveis, nomeadamente os que vivem isolados ou sozinhos, são vitais para este tipo de população, bem como os serviços de apoio por teleassistência, destinados aos mais vulneráveis.

Para potenciar estes programas é necessário a implementação de parcerias com as entidades locais, como as autarquias, para uma melhor vigilância e conhecimento das problemáticas, punto de vista de la seguridad, que mais afetam as populações.

Así, torna-se imprescindível o recurso á tecnologia, nomeadamente o uso dos drones para complementar o patrulhamento efetuado pelos elementos policiais e onde estes não conseguem chegar, bem como a instalação de câmaras de videovigilância em determinados aglomerados populacionais e estradas, podendo inclusivamente alguns acessos a caminhos rurais serem vedados a pessoas estranhas, prevenindo-se assim os furtos de equipamentos agrícolas.

Ainda na área tenológica está a criação de aplicações para relato de qualquer ocorrência, de forma a potenciar a transmissão de informações às FS, onde os líderes locais se revestem de primordial importância, para identificar riscos e fomentar outros voluntários que reportem atividades suspeitas, nomeadamente através da criação de programas de vigilância comunitária.

Así, através do Policiamento de Proximidade e pela presença física regular, aumenta-se a confiança das comunidades, cujo recurso às tecnologias, como os drones e plataformas digitais para relatos de crimes, as FS terão maior eficácia na prevenção da criminalidade, com o consequente aumento do sentimento de segurança.

Devendo ainda ser integrados no esforço de garantir a proteção às populações mais vulneráveis, todas as instituições, como as autarquias, as Associações Humanitárias de Bombeiros e os serviços de saúde.

A melhoria da iluminação pública e da sinalização, para além de campanhas de sensibilização sobre burlas e assaltos a residências, devem fazer parte das preocupações, tanto das autarquias como das FS, revelando-se essencial a criação de programas especiais específicos para combate a estes fenómenos.

A implementação de um policiamento eficaz, passa assim por integrar a “tradição com a inovação”, estando a chave deste modelo de policiamento, na adaptação às necessidades locais, investindo em tecnologias de baixo custo e no fortalecimento do capital social, conseguindo-se, não só a melhoraria dos níveis de segurança, mas também a promoção da coesão territorial, essencial para o desenvolvimento sustentável das regiões interiores.

E para otimizar a eficácia policial em territórios onde existe escassez de efetivos, é crucial adotar uma estratégia de implantação territorial, que tenha em conta os índices de criminalidade, a densidade demográfica e as acessibilidades.

Para além disso devem ser considerados os riscos específicos, para cada área geográfica, como por exemplo a existência de áreas florestais propensas a incêndios, zonas agrícolas com histórico de roubo de gado e de equipamentos agrícolas e os fluxos sazonais de pessoas.

Dessa análise resultará uma implantação territorial hierarquizada, de estruturas de maior dimensão com capacidades logísticas e operacionais ao nível distrital e de menor dimensão nos concelhos, para lançamento de patrulhas, com a responsabilidade do policiamento da sua área de ação, através da visibilidade e da proximidade, podendo esta rede ser complementada com unidades móveis de atendimento, em locais onde não existam estruturas físicas, bem como recorrendo a estruturas movéis sazonais, nas alturas de maiores afluência de pessoas por motivo de eventos, em especial na altura do verão.

Conclui-se, que para compensar a falta de recursos humanos deverá apostar-se na tecnologia como multiplicadora de efetivos, nomeadamente através da videovigilância, da criação de plataformas de denúncia digital, para reportar crimes, com geolocalização automática e da instalação de quiosques digitais nas juntas de freguesia, com capacidade de fazer atendimento ao público, através de ligação remota.

Este modelo garante a segurança em áreas rurais sem grandes efetivos, desde que haja planeamento territorial rigoroso e integração da tecnologia e da cooperação com as comunidades, sendo que a chave está em transformar a limitação de recursos em oportunidade para reinventar o policiamento em territórios de baixa densidade populacional, tornando-o mais ágil, digital e profundamente enraizado nas necessidades locais, exigindo-se soluções inovadoras e adaptadas á realidade local, pelo que desta forma, será possí­vel maximizar a eficácia da ação policial, mesmo com falta de efetivos, garantindo a segurança e o bem-estar destas populações.

Nota: El texto constituye la opinión exclusiva y única de su autor., los cuales sólo se vinculan a este y no reflejan la opinión o posición de la institución donde presta servicios.


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