VECINOS VIGILANTES – PARTE II


Conforme referido no final do nosso último artículo, la segunda parte del tema que nos propusimos abordar, tiene como objetivo dar a conocer la única iniciativa conocida en Portugal y que puede identificarse como un Programa de “Vigilancia Vecinal” implementado por las Fuerzas de Seguridad (FS).

Rogério COPETO

Coronel de la GNR

Master en Derecho y Seguridad de la Patria y Auditor de Seguridad

O Programa a que nos referimos foi implementado em 2012 pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e denomina-se Interlocutor Seguridad Ubicación (ILS), que foi criado tendo em conta todas as boas práticas e iniciativas internacionais referidas no artigo da semana passada, com o objetivo de promover o policiamento de proximidade, dirigido a la práctica cotidiana de actitudes favorables a la ciudadanía activa, aumentando a qualidade da ação policial através do aprofundamento das relações comunitárias e fomentando a interação com a comunidade.

O ILS aposta na importância do papel dos cidadãos, tendo para o efeito sido recolhidos os ensinamentos das melhores boas práticas dos Programas de “Vigilância de Bairro” internacionais, podendo-se resumir este tipo de Programas, como un grupo de ciudadanos, capacitado en materia de seguridad, dedicados à prevenção do crime, delinquência e vandalismo na área da sua residência, que ni siquiera puede ser un barrio, relatando os incidentes suspeitos às FS, sendo no entanto os mesmos alertados para nunca intervirem em situações suspeitas, devendo sempre contactar as autoridades.

O ILS foi implementado em duas fases, tendo a primeira passado pela identificação dentro das comunidades locais, de potenciais cidadãos com reconhecimento junto da população e na segunda fase procedeu-se à formação dessas pessoas, a quem se deu o nome de “interlocutor local de segurança”.

O “interlocutor local de segurança” é assim um cidadão reconhecido na comunidade local, funcionando como elo privilegiado de ligação entre a comunidade e as FS, apresentando-se como um instrumento fundamental na proximidade e estabelecendo relações de confiança entre a população e as FS, contribuir a la mejora del servicio.

A função do “interlocutor local de segurança” deve ser exercida por alguém que conheça as FS e possua competências e experiência no relacionamento com a comunidade, capaz de promover la participación de la intervención y de la comunidad. Sin embargo, esta función debe ser ejercida por personas poseedoras de influencia y reconocimiento dentro de la comunidad, capazes de criar dinâmicas de interação entre as comunidades e as FS.

Todo o trabalho de formação dos “interlocutores locais de segurança” foi realizado no final do ano de 2012, habiendo sido formado alrededor 1.700 “interlocutores locais de segurança”, que desde esse momento passaram a estar perfeitamente capazes de garantir os objetivos do Programa ILS, verificando-se que a sua esmagadora maioria era constituída por, Presidentes de Câmara Municipal e de Junta de Freguesia, Vereadores Municipais, Párocos, Presidentes ou Comandantes de Corporações de Bombeiros, Técnica(la)s de IPSS, Técnica(la)s das CPCJ, Presidentes de Agrupamentos Escolares, Representantes de Associações de Pais, Representantes das Associações de Comerciantes, Representantes dos Centros de Saúde, Representantes da SCM entre outros.

Na altura vários foram os Órgãos de Comunicação Social que deram eco da implementação do Programa ILS, sendo disso exemplo o artigo do DN de 6 Enero 2013, con el título "GNR interlocutores manera que se conecta con la gente"O el informe del RTP, de 7 Enero, "GNR entrena para 1700 “socios” civiles para servir como un enlace".

Outras notícias deram ainda conta do trabalho desenvolvido no âmbito do Programa ILS, tendo em Viseu sido possível sinalizar um cidadão em perigo através de um “interlocutor local de segurança”, que sinalizou a existência de um indivíduo que se encontrava alojado, Ruinas Numas, en el municipio de Lamego, habiéndose informado por JN con el título "GNR detecta el hombre en su casa en ruinas sólo comimos fruta durante cinco meses".

Numa pesquisa na internet é possível encontrar várias iniciativas no âmbito do Programa ILS podendo dar como exemplo os dois seminários denominados “GNR ensina a prevenir roubos, furtos e burlas no Concelho de Benavente” realizados em novembro de 2012, pelo Comandante do Destacamento Territorial da GNR de Coruche, sobre o tema “Coisas simples que nos ajudam a proteger do crime” e que contaram com a presença dos “interlocutores locais de segurança”, entretanto formados no Concelho de Benavente, onde consta que “O objetivo da GNR e dos interlocutores locais é sensibilizar para a redução de comportamentos facilitadores da prática de crimes contra as pessoas e o património, incentivar a denúncia de situações que levantem suspeitas junto das autoridades e aproximar os cidadãos dos militares da GNR”.

Outra referência ao Programa ILS é feito pela TVI24 no dia 8 Enero 2013 na peça com o titulo “Não estamos a formar pessoas para denunciar", onde é referido que “o programa ´Interlocutor Local de Segurança´ destina-se a pessoas pertencentes a instituições com responsabilidades locais, que possuam competências e experiência em atendimento ao público ou que se relacionem com a população e capazes de facilitar a interação entre a GNR e a comunidade”.

Presume-se que os cerca de 1.700 “interlocutores locais de segurança” continuam a contribuir com o seu conhecimento e tempo livre para ajudar a tornar a sua comunidade mais segura, fazendo a ligação entre a comunidade e as FS, verificando-se que os excelentes resultados obtidos no âmbito dos programas “Escola Segura” e “Idosos em Segurança” muito terão beneficiado do trabalho realizado pelos “interlocutores locais de segurança”, Se dijo que los países desarrollados son reconocidos y apreciados.

Relembramos que os Programas de “Vigilância de Bairro” funcionam através de redes de “vizinhos vigilantes”, cuja eficácia pode variar dependendo da comunidade e de sua implementação, pero, en general, contribuem para tornar os “bairros” mais seguros e unidos, cuja principal vantagem é o seu poder de dissuasão, tendo em conta que a presença de uma rede de “vizinhos vigilantes”, dissuade criminosos e reduz a ocorrência de crimes no “bairro”.

Outra vantagem é uma resposta mais rápida, porque os “vizinhos vigilantes” podem agir prontamente ao relatar atividades suspeitas às FS ou aos outros membros da comunidade, fortalecendo-se o senso de comunidade, onde a participação em Programas de “Vigilância de Bairro” contribui para a promoção das relações de vizinhança e ajuda a construir laços mais fortes entre os vizinhos.

A redução dos custos com segurança, é mais uma das vantagens, uma vez que à medida que a segurança melhora, pode haver menos necessidade de gastos individuais em sistemas de segurança mais dispendiosos.

A “Vigilância de Bairro” contribui ainda para a melhoria da qualidade de vida, porque a sensação de segurança proporcionada por este tipo de programas pode aumentar a qualidade de vida dos moradores, permitindo que aumente o sentimento de segurança.

Também a participação nestes Programas de “Vigilância de Bairro” pode aumentar a consciencialização dos moradores sobre questões de segurança e promover práticas mais seguras, podendo ainda ser estabelecida uma comunicação mais estreita entre os moradores e as FS, facilitando a resolução de problemas de insegurança.

Terminamos referindo que qualquer FS cuja sua missão é a redução da criminalidade e o aumento do sentimento de segurança das populações que serve e que prima pela qualidade do serviço prestado à sociedade civil, na sua atuação diária, assentando a sua atividade num policiamento de proximidade contínuo, o qual será tanto mais eficaz quanto maior for a capacidade FS em estabelecer parcerias com a comunidade, envolviéndolo en su propia seguridad, terá obrigatoriamente, como objetivo estratégico, a implementação de Programas de “Vigilância de Bairro”.


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