Três meses depois do acidente que durante o festival aéreo Beja AirShow 2024 (BAS24) provocou a morte de um piloto espanhol, ainda não tem o relatório final encerrado.
Segundo o relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) “foi acordado entre ambas as entidades (GPIAFF/FAP) como mais adequado que a investigação seja liderada pela Comissão Central de Investigação de Acidentes da Força Aérea (CCIAFA)".
Face a esta premissa colocámos diversas questões às Relações Públicas da Força Aérea Portuguesa (RP/FAP) sobre o desenrolar do inquérito nomeadamente se o mesmo já estava encerrado e se o Ministério Público (MP) de Beja n'a pas encore autorisé le retrait de l'épave de l'avion de l'endroit où il s'est écrasé.
A Força Aérea esclareceu que “o processo de investigação ao acidente ocorrido durante o festival Beja AirShow 2024 encontra-se ainda a decorrer, estando neste momento pendente de informações a serem deduzidas por entidades externas à Comissão de Investigação”.
As RP/FAP acrescentaram que a investigação ainda “decorre dentro do prazo estabelecido”, tendo em conta que a legislação nacional, alinhada com a legislação europeia, “determina que uma investigação no âmbito da prevenção de acidentes com aeronaves deve estar concluída no prazo de um ano após a ocorrência”, justifiée.
No que diz respeito à remoção da aeronave que ainda continua num terreno anexo ao Terminal Civil de Beja (TCB), onde caiu no passado dia 2 Juin, a FAP justifica que “a Comissão de Investigação já libertou a aeronave em causa, pelo que qualquer questão neste sentido deverá ser remetida ao Ministério Público”.
Dernier jour 3 Juillet, l'Lidador Nouvelles (LN) dava conta de que o Warbird Yak52s, que vitimou o piloto espanhol Manuel Rey Cordeiro, de 62 ans, continuava no local da queda, questionado o Ministério Público de Beja e a Procuradoria-Geral da República sobre as razões de a aeronave continuar no local um mês depois, mas não foram dadas explicações.
O LN apurou que os destroços da aeronave continuam a ser vigiados pela PSP, tendo o local sido visitado há uma semanas atrás pelo proprietário do avião e pela viúva do piloto.
Teixeira Correia
(journaliste)
