Croix rouge: Maisons à Beja ferment aujourd'hui. Utilisateurs déplacés, chômeurs.


A Casa de Repouso Henry Dunant, à Beja, propriedade da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) encerra hoje colocando fim a uma existência de 26 ans, como Estrutura Residencial para Idosos (ERPI).

Os utentes que ainda estavam no espaço foram recolocados em outros espaços e as 29 trabalhadoras vão para o desemprego.

Interrogée par Lidador Nouvelles (LN), a CVP informou que “garantiu uma solução para a ERPI´s de Beja que serão encerradas”, já que há cerca de dois meses a Casa de Repouso José António Marques, a mais antiga tinha sido esvaziada e os utentes passados para a Henry Dunant.

De acordo com a comunicação da Cruz Vermelha, “foi possível recolocar 39 utentes em outros tantos equipamentos num processo realizado em estreita colaboração com as famílias e a Segurança Social”, acrescentando que “82% desses utentes foram recolocados a menos de 50 quilómetros da área de residência dos seus familiares, podendo requerer o processo de reaproximação”, a conclu que 17 utentes “saíram por iniciativa própria, tendo as famílias optado por outras alternativas”, justificou a instituição.

Quanto às quase três dezenas de trabalhadoras, a partir deste último dia de trabalho e sem outra solução profissional à vista, resta-lhe recorrerem ao desemprego para assegurarem a sobrevivência financeira. Dans certains cas, coloca fim a uma ligação laboral de mais de 30 anos com a Cruz Vermelha.

As trabalhadoras realizaram dois protestos para chamar a atenção para o grave problema que viviam, mas nada alterou a decisão tomada pela Direção da CVP. Numa das manifestações, ao JN, Fátima Costa, trabalhadora das ERPI’S, dizia indignada: “O presidente (Antonio Saraiva) est alentejano, devia fazer por isto, mais non, está a fazer para fechar, não se compreende. É possível manter os lares abertos, eles (Croix rouge) é que não querem”.

No último protesto em finais de junho, as trabalhadoras revelavam que a manifestação encerra uma semana dolorosa, “já que no seu decurso as profissionais que nos últimos anos têm sido a cara da instituição na cidade baixo-alentejana, recebemos as cartas de despedimento, enviadas pela Direção Nacional da CVP”, rematavam.

O fecho das duas ERPI’s foi revelado pelo Lidador Notícias no dia 18 de janeiro e só três meses depois o presidente da Direção Nacional (DN) da CVP, Antonio Saraiva, comunicou que “foi tomada a decisão de encerrar até 31 de julho as duas casas de repouso, por não ser possível realizar melhoramentos funcionais que permitam inverter a situação”.

Teixeira Correia

(journaliste)


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