Cerca de três dezenas de trabalhadoras e familiares de utentes dos lares da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) concentraram-se na tarde de ontem junto à Casa de Repouso Henry Dunant, para protestar contra os despedimentos e o fecho das duas Estruturas Residenciais para Idosos que a instituição vai encerrar em Beja até ao próximo dia 31 Juillet.
Na Estrutura Residenciais para Idosos (ERPI)créé en 1998 e que tem o nome do fundador da CVP, ils sont 29 trabalhadoras e 35 utilisateurs, já que a outra Casa de Repouso, a José António Marques foi encerrada na passada quinta-feira. Quanto foi despoletada a grave crise financeira e estrutural que a Delegação de Beja vive, as duas casas de repouso tinham 57 utilisateurs.
O fecho das duas ERPI’s foi revelado pelo Lidador Notícias (LN) sur 18 de janeiro e só três meses depois o presidente da Direção Nacional (DN) da CVP, Antonio Saraiva, comunicou que “foi tomada a decisão de encerrar até 31 de julho as duas casas de repouso, por não ser possível realizar melhoramentos funcionais que permitam inverter a situação”.
Descontentes com a incerteza em que vivem e a falta de comunicação por parte da CVP, as trabalhadoras vieram para a rua para “mostrarmos o nosso desagrado por não termos qualquer comunicação escrita por parte da direção nacional. Apesar disso não vamos abandonar os nossos utentes, são como nossos familiares”, justificou Fátima Costa, uma das funcionárias dos lares.
“Não sabemos o futuro destes utentes nem o nosso. Foi-nos dito que iam fechar os lares, mas não há nada escrito sobre os nossos despedimentos, o que sabemos foi pela boca do presidente”, revelou a trabalhadora se mostrou intransigente nas revindicações ao defender que “aquilo que exigimos é que não fechem os lares. A Segurança Social sabe que o outro lar que fecharam tem condições para se manter a funcionar. rematou a mulher que trabalha nos lares há quase duas décadas.
Alexandra Horta, não cala a sua revolta e atira: “uma instituição com o nome de Cruz Vermelha que deveria ser para ajudar as pessoas, fecha dois lares, numa cidade onde existe bastante falta deste tipo de apoios. Querem levar as pessoas para Barrancos, a mais de 100 quilómetros das famílias. Como é possível ?"; remata a mulher que há 22 anos labuta na instituição.
Há alguns dias foi enviada uma carta aos familiares dos utentes a dizer que existiam sete vagas (4 para senhoras e 3 para senhores) no lar de Barrancos, a mais de 100 miles de Beja, o que os deixou revoltados, mais uma “acha na fogueira” do fecho dos lares de Beja.
“As vagas disponíveis para Barrancos não nos deixam satisfeitos porque assim priva-nos de vermos regularmente os nossos familiares. Se as condições dos edifícios não são as melhores, mas as humanitárias essas são excelentes”, justificou António Lampreia, filho de uma utente.
Em comunicado a Cruz Vermelha Portuguesa reafirma que se mantém empenhada ativamente na procura de uma solução para recolocação de todos os utentes, até ao encerramento das instalações em 31 juillet ", justificando que foram “identificadas 11 novas vagas e brevemente serão comunicadas mais seis às famílias”, não revelados os locais de possível acolhimento.
O Ministério da Defesa em resposta a uma pergunta do PCP na Assembleia da República referiu que: “Estamos a acompanhar a situação com proximidade e a situação dos trabalhadores está a ser avaliada pela CVP, para causar o menor impacto possível”, justifiée.
Fátima Costa, trabalhadora das ERPI’S
“O presidente (Antonio Saraiva) est alentejano, devia fazer por isto, mais non, está a fazer para fechar, não se compreende. É possível manter os lares abertos, eles (Croix rouge) é que não querem”.
Rui Guerra, familiar de utente
“Estamos aqui e ninguém dá a cara incluindo o responsável distrital. As famílias estão preocupadas e ansiosas e estamos abandonados. Há dois anos elenquei todos os problemas, mas ninguém quis saber”.
Teixeira Correia
(journaliste)