La demande de limogeage du commandant du Centre de formation de Figueira da Foz n'est que la « pointe de l'iceberg » du climat de mécontentement qui règne au niveau des officiers au sein de la Garde nationale républicaine..
O oficial revelou no passado dia 20 de setembro que o seu pedido de renúncia tinha sido aceite e hoje já se apresentou na Inspeção da Guarda para assumir o cargo de Inspetor-adjunto, naquilo que é visto como o “emburacamento” de um operacional.
A appris l'JN, a um mês da saída do cargo de Comandante-Geral (CG) da Guarda, o General Rui Clero está a promover diversas alterações na hierarquia de alguns Comandos Territoriais (CT) com a “imposição” de oficiais com menos anos de carreira e na sua esmagadora maioria procedentes do Comando Geral sem experiência na função.
O ex-Porta Voz da Guarda assumiu funções como segundo comandante do CTLisboa o mesmo vai suceder no CTSantarém. Mais a Sul, Evora, dois tenentes-coronéis vão assumir as funções de comandante e segundo comandante daquele CT. Dentro da estrutura da Guarda estes oficiais são considerados como “académicos, de Estado-Maior e sem experiência do serviço territorial”,
Outra das situação que tem gerado mal-estar na GNR prende-se com a aplicação do Sistema Integrado de Avaliação dos Militares da Guarda Nacional Republicana (SIGAM/GNR), em vigor há um ano e que tem gerado uma série de reclamações, por causa das avaliações realizadas. A classe dos Guardas foi pela primeira vez na história da GNR, também alvo da avaliação.
A aplicação do SIGAM num concurso promocional ao posto de coronel irá levar à “ultrapassagem” de tenentes-coronéis mais novos no posto em detrimento de oficiais mais antigos que ficarão “a marcar passo” no posto que ocupam.
A juntar a tudo isto está o facto de cerca de quatro dezenas de capitães terem abdicado da frequência do Curso de Promoção a Oficial Superior. Ou por sabem que dificilmente serão promovidos e em caso dessa promoção acontecer a colocação é longe do local da residência e ficam a receber menos do que recebem enquanto Comandantes de Destacamento.
A direção da Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG) justificou que as nomeações de oficiais para as diversas funções “são da competência do Comando-Geral”, acrescentando que quanto ao processo para promoção a coronel “ainda decorre”, justificando que já transmitiu ao Comando Geral e à Tutela “as suas preocupações com o novo sistema se avaliação, que terá consequências diretas e imediatas na progressão das carreiras”.
Quanto ao “fenómeno” de muitos militares abdicarem da frequência de cursos de formação, a ANOG diz ser “transversal a todas as categorias”, porque na maioria das vezes “trás mais desvantagens do que vantagens”, justificando que quanto às situações acima referidas “não chegou à associação qualquer pedido de ajuda”, conclu.
A Divisão de Comunicação e Relações Públicas do Comando-Geral da GNR, respondeu que as nomeações, placements, promoções e frequência de cursos “são atos de gestão corrente de recursos humanos disponíveis, previstos no Estatuto doa Militares da GNR”, obedecendo aos interesses da Guarda de que resulta “a escolha de Oficiais considerados como mais adequados ao desempenho das funções”.
Teixeira Correia
(journaliste)