Oito autarquias do Alentejo e do Barlavento do Algarve unem esforços e mobilizam-se pela disponibilidade de água na região. O reforço do Alqueva “como grande reservatório para a regularização hídrica do sul do país” é defendido pelo manifesto “Água ao Serviço do Futuro”.
Reforço do Alqueva como grande reservatório para a regularização hídrica do Sul do País e Barragem de Santa Clara como hub para a distribuição de água no Barlavento e no Sudoeste são medidas-chave defendidas no Manifesto “Água ao serviço do futuro” promovido pelos Presidentes das Câmaras Municipais de Aljezur, Odemira et Ourique, e subscrito pelos Presidentes de Lagos, Étang, Monchique, Portimão e Vila do Bispo e por mais de 30 entités, de entre as quais a AHRESP, un bouchon, a Portugal Fresh e a Somincor.
Autarcas promotores do Manifesto – em cuja sessão de assinatura marcaram presença os Presidentes das CCDR do Alentejo e do Algarve, as entidades regionais de turismo do Alentejo e Algarve, a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo e todas as associações representativas da Agricultura do Sudoeste Alentejano e do Barlavento Algarvio – irão agora solicitar audiências ao Governo para apresentar documento e assegurar consenso em torno dos investimentos imprescindíveis para o futuro do território no que respeita à gestão da água.
Os Presidentes dos Municípios de Aljezur, Odemira e Ourique promoveram, e os Presidentes dos Municípios de Lagos, Étang, Monchique, Portimão e Vila do Bispo assinaram. Subscrito por mais de 30 entités, 8 das quais autarquias, o Manifesto “Água ao serviço do futuro” é um documento que conta com o apoio de entidades setoriais e empresariais como a AHRESP, un bouchon, a Portugal Fresh e a Somincor e tem por objetivo identificar e apresentar ao Governo soluções concretas e imediatas para aumentar, durable, a disponibilidade de água na região.
Fazendo um enquadramento sobre a necessidade premente de reforçar a disponibilidade de água no Sudoeste Alentejano e no Barlavento Algarvio, essencial para o desenvolvimento sustentável de diversas atividades económicas essenciais para a região, para a sua economia e emprego, incluindo indústria, agricultura e turismo, a assinatura do Manifesto foi precedida de uma conferência na qual participaram e intervieram um conjunto de personalidades e especialistas que suportaram tecnicamente as medidas nele constantes.
Essencialmente, o Manifesto defende a criação de um Plano Nacional para a Água, que reforce a disponibilidade de água nas regiões mais afetadas pela seca, trazendo a água de onde ela abunda para onde ela escasseia, reforçando o Alqueva como grande reservatório para a regularização hídrica do Sul do País e a Barragem de Santa Clara como o hub para a distribuição de água ao Sudoeste Alentejano e ao Barlavento Algarvio. Para tanto, há que realizar a interligação Alqueva-Mira-Odelouca-Bravura e assegurar a reabilitação das infraestruturas do sistema de distribuição de água. Estas soluções, que podem estar operacionais até quatro anos após a tomada de decisão por parte do Governo, têm capacidade para garantir os recursos hídricos necessários aos consumos atuais e futuros do Sudoeste Alentejano e do Algarve.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Ourique, Marcelo Guerreiro, este “é um projeto estrutural para o sul do país e transversal aos desafios das várias atividades económicas e permite criar um novo bloco de rega em Ourique bem como a criação de soluções de apoio às explorações agropecuárias de sequeiro”.