A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã “SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução” foi informada que o Alentejo já não estará entre os territórios de objetivo 1 no próximo Quadro Comunitário de Apoio, o que significa a perda do direito aos 80% de financiamentos a Fundo Perdidos garantidos pela UE.
Investimentos estratégicos e de interesse nacional como o é a eletrificação e modernização de toda a Linha do Alentejo – Casa Branca-Beja-Ourique, com concordância para Évora e variante ao Aeroporto de Beja ficam assim em risco de ser remetidos para as calendas.
Segundo a Plataforma Cidadã “esta informação significa que, a não haver a decisão urgente de incluir o troço ferroviário Beja-Ourique/Funcheira e a variante ao Aeroporto de Beja ainda no PNI 2030 e/ou PRR, como temos vindo a reclamar, Beja, capital do Baixo Alentejo, poderá ficar condenada a ser um mero ramal ferroviário, sem ligações diretas ao Complexo de Sines e ao Algarve”.
L'aéroport de Beja (n.d.r.: Terminal Civil de Beja/TCB), cuja melhor utilização deve constituir um objetivo estratégico, no quadro do sistema aeroportuário do Continente, pela complementaridade que poderá/deverá ter, em relação ao Aeroporto de Lisboa e, notamment, em relação ao Aeroporto de Faro, cujo hinterland justifica só por si a sua melhor utilização, para a Plataforma Cidadã “ficará, de nouveau, condenado ao recurso exclusivo da rodovia o que contraria tudo o que vem sendo defendido no que concerne à opção ferroviária como modo privilegiado de transporte do futuro. Só a ferrovia, modernizada, eletrificada e preparada para velocidades elevadas entre os 200/250 km/hora pode aproximar um tão vasto território da competitividade e coesão de que tanto se fala”.
Não basta afirmar que há mais vida para além do défice. É urgente e fundamental que essa afirmação se traduza em mais investimento produtivo, que gere mais e melhores empregos, combata as desigualdades regionais, consolide a coesão territorial e preserve o ambiente.
A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã recorda que o Alentejo “representa mais de um terço do território nacional. É um território que tem muito para dar para o desenvolvimento global do País” e no sentido de dar continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo “decidiu solicitar com carácter de urgência audiências às Câmaras Municipais de Beja, Aljustrel, e Ourique para as quais seguiu hoje mesmo esse pedido”, conclut.