Gangue do cobre: Julgados cinco romenos que furtaram mais 400 mil euros daquele material não precioso.


Cinco cidadãos romenos, um em prisão preventiva e quatro foragidos à justiça, começaram ontem a ser julgados no Tribunal de Beja por furtos e danos qualificados, praticados em centrais solares e rede de comunicações telefónicas, no concelho de Ferreira do Alentejo.

No primeiro semestre de 2024, os indivíduos com idades entre os 35 e os 44 anos, furtaram centenas de metros cabo de cobre, que com a venda a um recetador, gerou um enriquecimento ilícito de 403.822,47 euros.

Sorin Dudea, considerado o líder do gangue, está no Estabelecimento Prisional de Beja, enquanto que os restantes quatro arguidos deixaram Portugal, estando em paradeiro desconhecido, tendo a Procuradora do Ministério Público de Ferreira do Alentejo responsável pela acusação, emitido mandatos de detenção nacionais e europeus para audição e aplicação preventiva, o que ainda não sucedeu.

Ontem ao Coletivo de Juízes, Sorin negou que estivesse presente nos furtos, que a sua carrinha fora levada pelos outros arguidos sem seu consentimento, versão que a foi dada pouco credibilidade e demonstrada pelo militar do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Aljustrel responsável pela operação.

Todos os arguidos estão acusados de seis crimes de furto qualificado, um dos quais na forma tentada e dois crimes de detenção de arma proibida. Com exceção de um dos indivíduos, os restantes quatro respondem ainda pelo crime de dano qualificado.

Para concretizar o seu plano, os cinco indivíduos de Leste, arrendaram uma casa em Ferreira do Alentejo, onde se instalaram e a partir daí identificavam os locais onde depois praticavam os furtos. Posteriormente deslocavam-se a Moura, onde um recetador recebia o material furtado, que depois vendia a terceiros.

Num dos furtos, os arguidos introduziram-se na Herdade da Chaminé, e da central-solar ali instalada, levaram 4.500 metros de cobre com a espessura de 185 mm e 10.000 metros de cabo solar em cobre com a espessura de 4 mm quadrado. No caso da empresa de comunicações o furto originou uma despesa suplementar de 1.908 euros, pela interrupção de serviços a clientes e reparação e reposição dos cabos da infraestrutura.

Aquando da operação dos militares do NIC, levada a cabo no dia 3 de junho do ano passado, foram apreendidos 2.800 quilos de cobre, 840 euros em dinheiro, resultante da venda do material ilegalmente apropriado, quatro baterias de gel, dois veículos, tesouras de corte e telemóveis.

Teixeira correia

(jornalista)


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