Segundo o Município de Ourique “a sua vinda resulta do conjunto de diligências” feitas pela autarquia em conjunto com os Bombeiros Voluntários de Ourique e os comandos regional e sub-regional junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, exigindo respostas, mas estando sempre ao lado das soluções.
O helicóptero, embora esteja apenas de forma temporária, representa um reforço importante na resposta aos incêndios florestais, num período particularmente sensível.
“Sabemos que não é a aeronave ideal — precisávamos de um helicóptero ligeiro ou médio mais ágil e mais rápido, preparado para o ataque inicial, essencial para conter os incêndios nos primeiros momentos. Ainda assim, é melhor do que nada” sustentou o edil de Ourique.
“Em Ourique, continuaremos a agir, a reivindicar e a colaborar, porque a segurança das nossas populações e do nosso território está sempre em primeiro lugar”, justificou Marcelo Guerreiro, presidente do Município que confirmou que “a aeronave já participou ontem no combate ao incêndio de Aljustrel”, disse.
A situação veio a público no passado dia 19 de junho através do Lidador Notícias (LN) que revelou que os treze concelhos do distrito de Beja, exceção a Odemira, sobre alçada do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo, estão sem meios aéreos de asa rotativa, leia-se helicópteros, de combate a incêndios, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Desde o passado dia 1 de junho, início da operacionalidade do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025, que os heliportos de Ourique e Moura, estão vazios e as aeronaves de ataque inicial a incêndios.
Na altura, Mário Batista, comandante dos Bombeiros Voluntários de Ourique, ouvido pelo LN, justificou que “com o ataque inicial dos meios aéreos a área ardida era bem menor. Eles (meios aéreos) não apagam fogos, mas complementam o trabalho nos operacionais no terreno. É um constrangimento muito grande. No incêndio de Serpa um meio aéreo tinha sido decisivo”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)