Beja: Coronel Ilídio Canas, assumiu comando da GNR. Discurso “vazio” do Comandante Geral.
O Coronel Ilídio Canas, de 54 anos, é desde ontem o novo comandante do Comando Territorial da GNR, substituindo o Coronel Joaquim Figueiredo, que passou à Reserva. General Manuel Couto, Comandante Geral da Guarda, fez um discurso como a água: insípido, incolor e inodoro.
Nascido em Angola, Coronel Ilídio Canas (na foto a receber o Estandarte Nacional das mãos do Comandante Geral da Guarda, que lhe confere o comando da Unidade) , que chefiava o Centro de Psicologia da GNR, regressa a Beja 33 anos depois de ter iniciado a vida militar no RI3, deixou a garantia que “o quadro económico e social do país, não vai impedir este Comando de cumprir a nossa missão”.
A cerimónia da tomada de posse fica marcada por um discurso “vazio”, do General Manuel Couto, Comandante Geral da Guarda, tanto em objetivos como em aspirações, nomeadamente, na necessidade de um novo quartel em Beja.
O novo comandante do Comando Territorial de Beja (CTBeja) da GNR, que foi militar do Exército no então Regimento de Infantaria de Beja (RIBE), depois de novo rebatizado RI3, e no Regimento de Infantaria de Elvas (RIE), justificando que “é com muito prazer que regresso à cidade onde há 33 anos comecei a vida militar”, deixando as primeiras palavras para o presidente da Câmara Municipal de Beja, destacando o “justo sentido da colaboração entre a duas instituições, que no futuro vai continuar”, concluiu.
O oficial lembrou que as grandes apostas serão “a violência doméstica, os idosos e os jovens e o apoio à prevenção e combate aos incêndios”, garantindo aos seus comandados que “mais do que o comandante serei vosso camarada”, rematou.
Naquele que foi o seu último discurso como comandante do CTBeja, o Coronel Joaquim Figueiredo, que ontem passou à Reserva e que foi agraciado com a Medalha D.Nuno Álvares Pereira-Mérito da GNR de 1ª Classe, começou por referir que “há tolerância para algumas coisas, porque o meu mandato acabou”, sustentando que “era mais importante saber o tem para dizer o comandante que chega , do que aquele que sai”, acrescentando que “juntos acertámos mais vezes do que aquelas em que não acertámos”, rematou.
Do Comandante Geral da Guarda, General Manuel Couto, esperava ouvir um discurso onde falasse dos problemas que afetam a instituição no distrito, como são algumas instalações desatualizadas, caso do Comando de Beja, da necessidade de novas viaturas ou de algumas promoções “congeladas”, mas “passou ao lado, fazendo um discurso que se pode considerar como a água: insípido, incolor e inodoro. No final da cerimónia recusou falar à comunicação social presente.
A propósito da tomada de posse do novo comandante, assinado pelo seu presidente, José Alho, a Associação Sócio – Profissional Independente da Guarda (ASPIG), emitiu um comunicado onde justifica que: congratula-se com o facto da nomeação para Comandante do Comando Territorial de Beja, da GNR, ter recaído sobre um militar – Coronel Idílio Canas – cujas qualidades e virtudes militares, demonstradas nas várias funções de que tem sido incumbido, deixam antever que, finalmente…, os “destinos” do Comando Territorial de Beja ficam em “boas mãos”.
Relativamente ao seu antecessor, Coronel Joaquim Figueiredo, que Comandou o Comandando Territorial de Beja desde Dezembro de 2013, esta Associação não “formou” uma opinião de excelência sobre o seu exercício de Comando, parecendo-lhe inclusive que, por vezes, o Comando Territorial de Beja “vivia” numa espécie de “gestão corrente”.
Teixeira Correia
(jornalista)