Borba: Morte de mulher por inalação de monóxido de carbono investigado pela PJ.


A Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da Polícia Judiciária (PJ), está a investigar a hipótese de crime na morte da mulher por inalação de monóxido de carbono.

“Estamos a trabalhar sobre dois cenários. O primeiro, um acidente que conduziu à intoxicação e o outro mais complicado, o da mãe querer colocar fim à vida e arrastar as filhas”, confirmou ao Lidador Notícias (LN), o inspetor-chefe Paulo Carvalho, o diretor da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da Polícia Judiciária (PJ), a investigação que está a ser levada a cabo, sobre o caso da mulher que morreu no domingo em Borba, por inalação de monóxido de carbono.

O investigador lembrou que situações de pessoas “que se matam e querem levar os filhos” é algo corrente, pelo que “não podemos descartar o facto da mulher estar a viver um quadro depressivo, em face de um processo de divórcio e de desemprego”, acrescentando Paulo de Carvalho que “a autopsia não vai dar mais do que a morte pela possível inalação. A investigação que se segue é que nos levará a descortinar as causas que estiveram por detrás da situação”, rematou o inspetor-chefe.

Paulo de Carvalho confirmou a informação também adiantada pelo capitão Vieira, porta-voz do Comando Territorial de Évora da GNR de que “as duas meninas estão livres de perigo e a reagir favoravelmente”.

O oficial da Guarda, disse ao LN que “face ao quadro encontrado no interior da casa e para dissipar qualquer dúvida o caso passou para a PJ”, lembrando também que o marido “não tinha acesso à casa face a situação conjugal e todos os cenários têm que ser considerados”, rematou.

Recorde-se que Elisabete Simões, de 45 anos, e as duas filhas, Raquel, 8 anos, e Beatriz, 14 anos, foram encontradas inconscientes no interior de um quarto da habitação (na foto) onde viviam e onde se encontrava uma braseira a picão, um tipo de carvão muito miúdo, que terá estado na origem da inalação do gás tóxico.

A mulher morreu no Centro de Saúde de Estremoz para onde tinha sido levada e as duas filhas estão internadas em hospitais de Lisboa. A menina mais nova foi transportada hum helicóptero do INEM, para a Unidade Pediátrica do Hospital de Santa Maria em Lisboa e a mais velha primeira foi levada para o Hospital do Espírito Santo, em Évora, e depois de reavaliada e face ao perigo de vida que corria, foi também transferida para o Hospital D.Estefânia.

Teixeira Correia

(jornalista)


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