Baixo Alentejo: Estações de Correios de Almodôvar, Barrancos e Vidigueira encerradas.
Três estações dos correios fecharam em sedes de concelho do distrito de Beja, Almodôvar, Barrancos e Vidigueira. O caso do município raiano é o mais grave.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT),acusou a administração dos CTT-Correios de Portugal, de ter o Baixo Alentejo “na mira redutora de gestão”, face ao encerramento das Estações de Almodôvar, Barrancos e Vidigueira, e estarem a preparar o fecho das de Alvito e Cuba.
Questionada sobre as acusações do sindicato a assessoria de imprensa dos CTT justificou que “não temos comentários sobre o comunicado”, justificaram. Quanto ao falado encerramento das estações de Alvito e Cuba, a mesma fonte referiu que “só depois das decisões estarem tomadas e articuladas com as autarquias locais, haverá comentários”, remataram.
António Patola, delegado sindical, sustenta que “ao fechar estações, cria desemprego, com a extinção dos postos de trabalho”, acusando a administração dos CTT de “reduzir os serviços prestados às populações”, justificou.
O SNTCT aponta o caso de Barrancos, como “o mais caricato e problemático”, já que quem queira tratar das suas poupanças ou assuntos financeiros no Banco CTT, “têm que fazer 100 quilómetros para se deslocarem a Moura e regressarem a casa”, justificou ao JN, António Patola, dirigente sindical, em Beja.
João Serranito, presidente da Câmara de Barrancos justificou que há um mês “fomos confrontados com um caso resolvido pela empresa e entregue a um privado”, acrescentando que “há um compromisso escrito para manter os serviços”, justificando que à autarquia “não chegou qualquer queixa da população sobre a falta de serviços”, rematou.
O sindicato acusa a administração dos CTT de querer “gerar lucros para os acionistas e fazer crescer o Banco CTT, aproveitando a imagem da empresa e dos seus trabalhadores”, justifica António Patola.
As preocupações do sindicato viram-se também para Beja, onde existem duas estações, e recentemente, também no perímetro urbano da cidade, abriu um posto em parceria. A estação principal e mais antiga, localizada no centro da cidade e que tem o banco, funciona no Edifício da PT, e segundo foi possível apurar, custa 3.000 euros/ mês de renda. A outra, conhecida como CTT-Pax Júlia, só com loja dos correios, funciona em edifício próprio.
“Não é inocente a abertura do posto dos correios partilhado. Por razões economicistas, para nós é o início do encerramento de uma das estações”, sentenceia António Patola.
Sobre este possível desfecho, os CTT justificam que “muitos postos abertos, não têm relação com a transformação das lojas”, concluíram.
Teixeira Correia
(jornalista)