Beja: Professor primário abusador, em silêncio no tribunal.


Entrar mudo e sair calado, foi a estratégia que José Jerónimo, de 48 anos de idade, professor do 1º ciclo, adotou ontem no Tribunal de Beja.

A primeira sessão do julgamento pela postura altiva do arguido acusado dos crimes de abuso sexual de crianças, pornografia de menores e maus tratos, cometidos nas pessoas de cinco menores suas alunas, com idades entre os 9 e os 12 anos.

Sereno, calado, muito descontraído e de rosto descoberto, foi como o arguido deixou o carro celular e “enfrentou” a reportagem do Lidador Notícias (na foto), durante a meia dúzia de metros que percorreu para entrar no porta das traseiras do tribunal de Beja, onde começou a ser julgado.

Ao invés, no interior do tribunal as mães das quatro raparigas, com idades entre os 9 e os 12 anos, que foram abusadas pelo seu professor, e que se constituíram assistentes no processo, estavam muito intranquilas e nervosas. Ao verem o indivíduo entrar na sala de audiências, as “Mães da Salvada” não deixaram de o olhar na cara e perceberam a sua expressão de indiferença.

Na sessão de ontem foi ouvida somente uma das assistentes no processo, continuando o julgamento amanhã com a audição das outras três assistentes e as testemunhas arroladas pelo Ministério Público, entre elas, o inspetor da PJ de Faro, responsável pela investigação do caso.

Teixeira Correia

(jornalista)


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