Almodôvar: “Namorado” do facebook furtou-se a mandado de detenção e faltou a julgamento.
António conheceu Ana Paula pelo facebook no dia 19 de agosto de 2016. No dia seguinte este marcou encontro com a mulher em Castro Verde e daí seguiram para casa da mulher, uma localidade do concelho de Almodôvar. Apoderou-se da chave de um Mercedes-Benz 220 cdi e levou o carro da garagem.
António Lopes, o individuo de 48 anos, começou ontem a ser julgado à revelia no Tribunal de Beja, depois de no passado mês de junho não ter comparecido a juízo, e apesar de emissão de um mandado de detenção e condução, as autoridades não o conseguiram localizar.
O individuo, com a última residência conhecida, em Amora (Seixal), está acusado dos crimes de furto qualificado e extorsão, na forma tentada, por se ter apoderado do carro de uma mulher que conhecera pelo facebook e a ter tentado chantagear com a viatura.
António conheceu Ana Paula pelo facebook no dia 19 de agosto de 2016. No dia seguinte este marcou encontro com a mulher em Castro Verde e daí seguiram para casa da mulher, uma localidade do concelho de Almodôvar.
Aí chegados, a mulher acedeu ao pedido do homem para este pernoitar em sua casa nesse dia. A mulher ausentou-se de casa, e o indivíduo apoderou-se da chave de um Mercedes-Benz 220 cdi e levou o carro da garagem.
Na madrugada de 21 de agosto Ana Paula recebeu uma mensagem onde António Lopes lhe exigia 5.000 euros, que deveriam ser depositados numa conta do indivíduo até às 12,00 horas do dia 24 ou “o carro aparecia em cinzas”.
Entretanto a vítima já tinha apresentado queixa na GNR, que começou “a seguir o rasto do telemóvel” do arguido, que viria ser detido por militares do posto de Vilamoura, que recuperaram o carro 45 minutos antes do tempo limite dado por “Miguel” para ter o dinheiro ou incendiar o veículo.
Na primeira sessão do julgamento realizada ontem (quarta-feira) a vítima não soube ou não quis explicar ao Coletivo de Juízes (CJ) porque acedera a deixar o arguido sozinho em casa, nem tão pouco as razões porque apagou algumas mensagens do telemóvel.
O presidente do CJ, Vítor Maneta, ficou incrédulo durante a inquirição à vítima lhe disse que “a sua verdade é uma verdade esquisita” e Ana Paula lhe respondeu: “olhe, para mim também é”, rematou.
Teixeira Correia
(jornalista)