Beja: ULSBA arquiva processo do material hospitalar atirado para a via pública.


O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) arquivou o processo instaurado ao Centro de Saúde Beja 1, por material hospitalar atirado para a via pública.

“Tratou-se de deficiente entendimento de um dever funcional que, não determinou qualquer espécie de prejuízo para a comunidade ou afetação na saúde pública”, foi a conclusão a que o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) através do inquérito interno instaurado ao despejo de material hospitalar, pertença do Centro de Saúde Beja 1 (CSB1) em plena via pública e a céu aberto, ocorrido no passado dia 15 de junho.

Face às conclusões e à proposta do instrutor do processo, a ULSBA decidiu-se pelo seu “arquivamento”, justificando que “é suficiente a admoestação verbal”, a uma enfermeira chefe e as duas assistentes operacionais do Centro de Saúde Beja 1, já que no entender o Conselho de Administração “a ação disciplinar, para ser eficaz e ser adequada, não deve padecer de dureza excessiva”, justificam.

No final do relatório do inquérito, o instrutor do processo sustenta que “são de evitar, a todo o custo, a repetição de situações como as que foram, com toda a oportunidade, franqueza e sinceridade”, como as que foram “veiculadas” pelo Lidador Notícias no dia do despejo do material na via pública.

Recorde-se que no final da manhã de 15 de junho, foram deixadas a céu aberto junto a um molok, ao alcance de crianças ou adultos, vários tipos de pinças, humidificadores de oxigénio, frascos para utilizar em farmácias ou enfermarias com álcool ou tipo de substâncias liquidas, um especulo e várias caixas de papéis para as mãos.

Na atura e quando questionada pelo Lidador Notícias (LN), que trouxe o caso a público, a presidente da ULSBA, Conceição Margalha, lamentou e pediu desculpas pelo sucedido, reiterando que “serão apuradas as responsabilidades por este caso isolado”. Para o órgão máximo responsável pela gestão dos Centros de Saúde no distrito de Beja, a situação que reportou como “anómala”, não decorre de “qualquer norma em vigor, nem de ordem de serviço pontual por parte do órgão executivo”, concluiu.

Conceição Margalha defendeu ainda que o abandono do lixo hospitalar nas ruas “vai contra as boas práticas” levadas a cabo pela instituição e “devidamente acompanhadas pelos prestadores de serviços”, que colaboram com aquela instituição.

Teixeira Correia

(jornalista)


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