Beja: Reconfiguração da BA6 (Montijo) leva à transferência de 225 militares para a BA11.


O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Manuel Rolo, revelou que a construção do aeroporto complementar no Montijo implicará a transferência das Esquadras 101 da BA 1, em Sintra, e da 502, da BA 6, no Montijo, para a BA 11, em Beja.

Falando à Lusa, apôs uma audiência parlamentar, o general Manuel Rolo revelou que espera para breve, a deslocalização da Esquadra 101 (Roncos), aeronaves Epsilon, que servem missões de instrução elementar e básica da FAP, da Base Aérea 1, Sintra, para a Base Aérea 11, em Beja.

A deslocalização das aeronaves Epsilon e do simulador, bem como a construção de um depósito de combustível e a criação de estruturas de alojamento para os militares são os projetos que têm “mais urgência” e deveriam ocorrer durante 2019, declarou. A retirada dos Epsilon da Base de Sintra é “uma necessidade absoluta” que também decorre da reestruturação do espaço aéreo, disse.

O General CEMFA, Esquadra 502 vai para a base de Beja e os helicópteros atualmente naquela base são transferidos para Sintra, entre as alterações previstas.

 A Esquadra 101 foi transferida de Sintra para a Base Aérea N.º11 em 1993, regressando, novamente, em 2009, à Casa Mãe da Instrução em Portugal, a Base Aérea N.º1, local onde continua a honrar o seu lema – “…Ensinando os Princípios da Arte.”

Mas, é em Beja que, a 26 de julho de 1995, como corolário da sua História dedicada à Instrução na Aviação Militar, é condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos, destinada a “…galardoar serviços de carácter militar relevantes e extraordinários ou atos notáveis de qualquer natureza ligados à vida do Exército, da Armada ou da Força Aérea, de que resulte, em qualquer dos casos, honra e lustre para a pátria ou para as instituições militares do país.”

A Esquadra 502 (Elefantes), opera as aeronaves C-295M e na atualidade realiza missões de Transporte Aéreo-geral, Transporte Aéreo-tático, Apoio Logístico, Vigilância Marítima, Busca e Salvamento, Evacuações Aero-médicas, Lançamentos de Tropas Aerotransportadas, lançamento de carga aérea e Transporte de Altas Entidades.

Entre as obras de reconfiguração das bases, o general apontou ainda a demolição dos paióis localizados no Montijo e “de um ou dois em Beja”, prevendo a construção de um “pequeno paiol” para o armamento e equipamento de sobrevivência ligado aos helicópteros EH 101.

Para a base de Beja, segundo o calendário apresentado, serão transferidos 225 novos militares, o que implica a reconstrução e melhoramento das condições de alojamento e messes.

Quanto à necessidades de alojamento fora da BA11, para a deslocalização dos militares e das suas famílias a questão não se coloca. Recorde-se que no passado dia 17 de dezembro, o Lidador Notícias revelou que no Bairro da Força Aérea, em Beja, são mais de duas centenas, os apartamentos fechados no antigo Bairro dos Alemães, localizado na zona Sudoeste de Beja. Só no edifício conhecido como a “Torre”, os 10 pisos tem 60 apartamentos abandonados, alguns no topo do prédio servem de dormitório aos pombos.

Teixeira Correia

(jornalista)


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