Beja: Presidente da Câmara pede “urgência” na decisão sobre escola de pilotos na BA11.


O presidente da Câmara de Beja mostrou-se satisfeito com a possível criação de uma escola de formação de pilotos de aviões na base aérea da cidade e pediu “urgência” na decisão sobre a concretização do projeto.

Segundo a edição online do Jornal de Notícias, que cita palavras do socialista Paulo Arsénio, à agência lusa, “a Câmara de Beja olha com otimismo e satisfação para esta possibilidade que está em cima da mesa, é mais uma, mas espera que seja mais uma que se concretize”.

É um projeto que “agrada à Câmara de Beja”, porque poderá “enriquecer a vida económica da cidade”, “mas não está plenamente fechado e, por isso, vamos ter prudência no tratamento desta possibilidade”, vincou, frisando que o município “gostaria muito que se concretizasse”.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou na quarta-feira que está em estudo a possibilidade de criação de uma escola de formação de pilotos de aviões a jato na Base Aérea (BA) n.º 11, em Beja, através de um consórcio com “vários investidores” e empresas privadas.

Segundo o ministro, a concretizar-se o projeto, a escola servirá para formar pilotos da Força Aérea Portuguesa (FAP) e de outras forças aéreas e resolveria a questão da formação dos pilotos dos aviões F-16 portugueses, que atualmente frequentam os cursos nos Estados Unidos da América.

De acordo com fonte do Ministério da Defesa Nacional, anda não há qualquer calendário para avançar com a criação da escola e estão a ser avaliados vários aspetos do projeto.

A concretizar-se o projeto, a escola irá “enriquecer substancialmente a capacidade aeronáutica” da BA11, “potenciando-a com uma das maiores escolas de pilotos de aviação militar da Europa”, e “centralizará em Beja pilotos de forças aéreas de vários países e isso permitirá internacionalizar o nome da cidade”, frisou Paulo Arsénio.

O autarca disse que a Câmara de Beja “sabe muito pouco sobre a hipotética instalação da escola” na BA11 e pediu “há já algum tempo” uma audiência com o ministro da Defesa Nacional para “compreender melhor o alcance” do projeto.

No entanto, frisou, o município sabe que a instalação da escola na BA11 “está a ser seriamente considerada” e foi “em função” dela que a FAP “reprovou” o projeto da escola de pilotos que a empresa britânica Skyborne Aviation Limited pretendia instalar no aeroporto de Beja.

“Deste ponto de vista, a Câmara de Beja tem alguma urgência em que o Estado se defina sobre um sim ou um não” à instalação da escola na BA11.

“Se já foi inviabilizada pelo menos uma escola de pilotos privada para operar no aeroporto de Beja devido à possibilidade de se instalar a escola [de formação de pilotos de aviões a jato] na BA11, então tem que ficar claramente definido se esta escola vem ou não”, defendeu.

Caso a escola seja instalada na BA11, “as alternativas no aeroporto de Beja serão outras e não as de escolas de pilotos de aviação”, defendeu.

Por outro lado, se a possibilidade “sair gorada” e a escola não for instalada na BA11, é necessário “abrir de novo a possibilidade de escolas de pilotos de aviação privadas se instalarem no aeroporto de Beja”, frisou o autarca.


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