Covid-19: Situação de calamidade em Portugal prolonga-se até 20 de março.


Ao fim de dois meses em situação de alerta, o Governo declarou a situação de calamidade a partir de 1 de dezembro.

A resolução do Conselho de Ministros que declara a situação de calamidade no âmbito da pandemia de covid-19, publicada neste domingo em Diário da República, esclarece que todo o território continental permanecerá nesse nível de intervenção durante quatro meses, até às 23.50 horas de 20 de março de 2022.

A situação de calamidade, acima da situação de contingência e de alerta, já tinha sido decretada três vezes em todo o território continental desde o início da pandemia, sendo esta a quarta.

Prevê a “manutenção do estado de prontidão das forças e serviços de segurança, dos serviços de emergência médica e de todos os agentes de proteção civil, com reforço de meios para eventuais operações de apoio na área da saúde pública”, bem como a “manutenção do funcionamento da subcomissão Covid-19, no âmbito da Comissão Nacional de Proteção Civil, em regime de permanência, enquanto estrutura responsável pela recolha e tratamento da informação relativa ao surto epidémico em curso, garantindo uma permanente monitorização da situação”. E ainda “a utilização, quando necessário, do sistema de avisos à população pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”.

No documento, lê-se ainda que o Conselho de Ministros resolve determinar “o acionamento das estruturas de coordenação política territorialmente competentes”, que serão os cinco coordenadores regionais no combate à pandemia (correspondentes às regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).

Situação de risco nos concelhos do distrito de Beja.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde divulgado na sexta-feira, avançava que Barrancos (3204) foi um dos concelhos que entrou no nível de risco extremo de infeção. O risco extremo de infeção ocorre quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes. No distrito, os três concelhos da margem esquerda do rio Guadiana, são os mais infestados. A incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

Situação por concelho, por ordem decrescente de infeções.

Barrancos: Incidência a 14 dias-3.204 e Evolução da semana anterior-123, Serpa: Incidência a 14 dias-839 e Evolução da semana anterior-423, Moura: Incidência a 14 dias-757 e Evolução da semana anterior-632, Odemira: Incidência a 14 dias-499 e Evolução da semana anterior-313, Beja: Incidência a 14 dias-483 e Evolução da semana anterior-198, Cuba: Incidência a 14 dias-418 e Evolução da semana anterior-242, Ourique: Incidência a 14 dias-198 e Evolução da semana anterior-44, Castro Verde: Incidência a 14 dias-116 e Evolução da semana anterior-189, Aljustrel: Incidência a 14 dias-111 e Evolução da semana anterior-86, Mértola: Incidência a 14 dias-83 e Evolução da semana anterior-66, Ferreira do Alentejo: Incidência a 14 dias-77 e Evolução da semana anterior-51, Alvito: Incidência a 14 dias-41 e Evolução da semana anterior-0, Vidigueira: Incidência a 14 dias-37 e Evolução da semana anterior-18 e Almodôvar: Incidência a 14 dias-30 e Evolução da semana anterior-105.

Teixeira Correia

(jornalista)


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