Sucedem-se as reacções de reprovação pelo encerramento, durante o período da noite, das Urgências do Hospital de S. Paulo, em Serpa, a partir do próximo dia 3 de janeiro, decidido pela administração da Santa Casa da Misericórdia.
Deputados do Grupo Parlamentar do PCP, entre os quais João Dias, eleito pelo Círculo de Beja, questionaram o Governo sobre a situação e colocam a pergunta se está “disponível para a reversão do hospital para o Ministério da Saúde”, face ao facto da Santa Casa da Misericórdia de Serpa apresentar “um claro incumprimento e a manifesta incapacidade para assegurar o funcionamento do Hospital de São Paulo”.
Os deputados comunistas lembram que “em 2020 e este ano de 2021 foram vários os dias em que a administração do hospital de São Paulo decidiu, unilateralmente, pelo encerramento do serviço de urgência deixando a população sem acesso a este serviço. A situação veio a agravar-se com o anúncio por parte da Santa Casa da Misericórdia de Serpa de que a partir de dia 3 de janeiro de 2022”, acusando esta de estar “claramente a violar os deveres a que está obrigada, na redução do acesso aos cuidados de saúde a que a população tem direito”, concluem.
Assembleia Municipal “Em defesa do Hospital de São Paulo”.
Com os votos a favor dos eleitos da CDU e PS e os votos contra dos eleitos do Chega e coligação PSD-CDS, a Assembleia Municipal de Serpa aprovou uma moção “Em defesa do Hospital de São Paulo”.
Os eleitos defendem no documento que “a indefinição quanto ao futuro do Hospital de S. Paulo, causa a maior das preocupações entre a população, mormente no que concerne ao serviço de urgência”, lembrando que a deficiente cobertura de serviços de saúde nos territórios que constituem a Margem Esquerda do Guadiana, “torna esta unidade fundamental”, justificam.
Na moção aprovada os subscritores defendem que o Hospital de São Paulo “deve, de imediato, retornar ao âmbito direto do Serviço Nacional de Saúde, espaço donde nunca deveria ter saído”, rematam
Teixeira Correia
(jornalista)