A propósito da Urgência no Hospital de Serpa estar encerrada durante a noite, a Coordenadora de Beja do Bloco de Esquerda (BE) defende o regresso da unidade à esfera pública e ao SNS.
Em Comunicado o BE recorda que a Administração do Hospital de São Paulo, gerido pela Misericórdia de Serpa, decidiu encerrar o Serviço de Urgência no período noturno, da meia-noite às 8 da manhã, alegando “falta de médicos”.
Para os bloquistas “é o mais recente episódio de encerramentos intermitentes deste serviço”, que a partir de hoje se tornou efetivo, em prejuízo direto das populações dos concelhos de Serpa e Mértola (margem esquerda do Guadiana) e sobrecarregando a Urgência do Hospital de Beja, em plena pandemia. “Não se trata de uma situação isolada e pontual, nem a mesma está confinada ao serviço de Urgência”, sustenta.
Para a Coordenadora de Beja do BE, “a entrega do Hospital de São Paulo (incluindo o serviço de Urgência) à Misericórdia de Serpa, em 1 de Janeiro de 2015, foi uma decisão desastrosa do governo da “troika” e há muito devia ter sido revertida, como aconteceu por exemplo em São João da Madeira”, defendendo que “em sete anos, apesar de mudanças nos órgãos sociais da Misericórdia de Serpa e na gestão do Hospital de São Paulo, está mais do que demonstrado que a instituição não está vocacionada para gerir unidades de saúde desta natureza. É urgente aliviar a SCM de Serpa do fardo em que se transformou a gestão do Hospital de São Paulo, para melhor cumprir as funções sociais que lhe competem”.
O Bloco de Esquerda vai mais longe e “defende o regresso à esfera pública e ao SNS do Hospital de São Paulo”, deixando o compromisso de honra de o partido vai “prosseguir esta luta na próxima legislatura, reforçada com a eleição do primeiro deputado do BE pelo círculo de Beja”, conclui.
Teixeira Correia
(jornalista)