O Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja declarou na quarta-feira, perdidos a favor do Estado os mais de 1,2 milhões de euros apreendidos ao grupo liderado Joaquim Fortes, vulgo “Pópó”, resultante do tráfico de estupefacientes.
Na leitura do acórdão o juiz decidiu que seria perdida a favor do Estado a quantia de 1.245.070 euros apreendido ao grupo liderado por “Pópó” condenado a 12 anos de prisão e que tinha como braço direito André Graça (na foto), condenado a 7 anos e 6 meses de prisão.
A 4 de março de 2021, numa operação da PJ levada a cabo na A2, foram apreendidos 42.000 euros. No final desse mesmo mês, na operação que conduziu à detenção dos principais cabecinhas do grupo, “Pópó” e André Graça, a polícia apanhou 1.203.070 euros, sendo que 300 mil euros estavam na mala de um carro estacionado no interior de um armazém, perto de Ferreira do Alentejo, e os restantes 900 mil euros entaipados nas paredes e cobertos com placas de madeira.
Foi ordenada a destruição dos 189 quilos de canábis apanhada ao gangue. No dia 5 de abril de 2020 o grupo abandonou um carro num bairro de Lisboa quando a PJ os cercou, deixando no interior de um carro 97,5 quilos. No dia da detenção, 30 de maio de 2021, foram apreendidos mais 91,5 quilos de canábis.
Revertem ainda a favor do Estado três viaturas ligeiras de passageiros topo de gama, um Buggy de kart cross e uma mota de água em que o líder do grupo personalizou a matrícula com a sua alcunha, POPO.
Um revólver calibre .38 Special e várias munições foram entregues à PSP para depois ordenar a sua destruição.
Teixeira Correia
(jornalista)