A Força Aérea Portuguesa (FAP) vai organizar entre 10 e 14 de outubro, a 58ª edição do Campeonato Mundial de Corta-Mato, prova adiada de 2020, e que terá como cenário a Base Aérea (BA) Nº11, em Beja, a maior unidade daquele ramo das Forças Armadas.
A competição, a primeira que se disputa no nosso país, vai juntar 300 atletas de 32 países, que vão competir nos setores masculinos, femininos e numa estafeta mista, tendo Portugal uma equipa composta por 22 especialistas de corta-mato, em representação dos três ramos das Forças Armadas e também da GNR e PSP.
Sob a supervisão do Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM-Conseil International du Sport Militaire), a organização cabe à FAP e à Comissão de Educação Física e Desporto Militar da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional e que conta com o patrocínio e apoio da Câmara Municipal de Beja.
As provas serão dividas em três partes: o corta-mato masculino de 10 quilómetros, o feminino de 8 quilómetros e a introdução de uma nova prova, a estafeta mista com 2 dois homens e duas mulheres onde cada um corre dois quilómetros.
Começando por lembrar que a BA 11 já recebeu em 2001 o Campeonato do Mundo de Orientação, o Brigadeiro-General da FAP Luís Graça, presidente da organização, revelou que “vamos contar com a colaboração das outras doze unidades do ramo, num total de 120 militares nas diversas aéreas da logística”, justificou. “Estarão em Beja, 400 pessoas, 300 atletas e 100 elementos do staff, de 32 países, acreditando que a prova será um sucesso, tendo em conta a capacidade organizativa da FAP e da BA11, de grandes eventos”, acrescentando que a unidade “vai manter toda a capacidade operacional das esquadras ali estacionadas”, rematou.
A competição vai ser aberta ao exterior já que a organização convidou atletas dos clubes da Associação de Atletismo de Beja a assistir a um dos dias das provas e no dia 13 vai realizar um Corta-Mato Escolar onde vão participar 150 alunos do 9º ao 12º das escolas de Beja.
A encerrar o presidente da câmara de Beja justificou que “temos grandes expetativas nesta organização porque para além de envolver os clubes e os alunos do concelho, é também uma grande iniciativa de promoção do território”, concluiu.
Paulo Arsénio lembrou que Beja “só não tem Marinha, todas as outras componentes existem na cidade”, revelando que a autarquia “vai proporcionar uma tarde cultura a parte da caravana, enquanto cinco grupos de 40 pessoas, vão conhecer outros concelhos vizinhos”, rematou o edil bejense.
Teixeira Correia
(jornalista)