Corrupção na Defesa: Operação Tempestade Perfeita “passou” pela BA11.


Obras fictícias em quartéis pagavam corrupção na Defesa. Caserna da Base Aérea (BA) 11, no valor de 45 mil euros no rol das empreitadas adjudicas mas não realizadas.

Ministério Público garante que empreitadas adjudicadas por diretores da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional não eram concluídas na totalidade. Empresários amigos teriam assim um lucro extra, que aproveitavam para luvas.

Segundo a acusação consultada pelo Jornal de Notícias (JN) na caserna 112 da Base Aérea (BA) 11 foi encomendado o fornecimento e montagem de um sistema de aquecimento central, com todos os acessórios. O valor acordado e pago foi de 45 mil euros.

“Na verdade a BA11 já tinha instalada toda a central térmica, bem como válvulas de seccionamento de saída, pelo que só seria necessária a instalação de redes em tubo de cobre, bem como radiadores com válvulas tesmostáticas”, esclarece a acusação sobre a Operação Tempestade Perfeita.

A fiscalização ou controlo dos autos de medição das obras ficavam a cargo dos funcionários “controlados” pelos diretores e também foram acusados de corrupção.

Dezenas de obras encomendadas pela Direção Geral dos Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), com adjudicações feitas à medida de empresários amigos, não foram concluídas na totalidade. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP) que imputa crimes de corrupção, peculato, branqueamento e falsificação aos três ex-diretores da Defesa, a quatro funcionários do mesmo organismo e a mais de 30 empresários, esses trabalhos não executados serviram para pagar as luvas e comissões ocultas que lesaram o Estado em 1,4 milhões de euros.

Teixeira Correia

(jornalista)


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