Depois de um processo muito conturbado no seio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja (AHBVB), que teve início em outubro de 2022, trinta anos depois, Rodeia Machado, tomou de novo ontem posse como presidente da direção da instituição para o triénio 2024/2026.
Tudo começou com uma demissão do presidente, que por solidariedade arrastou todos os órgãos sociais, na sequência de uma reunião muito conturbada com os assalariados, que posteriormente seria revertida. Seguiram-se quatro atos eleitorais, dois vacantes, um com uma lista rejeitada e o último com a recandidatura da direção em exercício.
Após a tomada de posse, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pedro Gonçalves, justificou que “uma instituição com 135 anos (fundada em 12 de maio de 1989) merece toda a atenção, respeito e carinho, ainda que dotada de grande complexidade e conflitos latentes”, acrescentando que a direção “tem um programa que pode ajudar a um futuro risinho”, concluiu.
Rodeia Machado lembrou que a instituição “tem 41 assalariados, gastou o ano passado 755.000 euros em salários de um total de 1,5 milhões de euros de despesas”, justificando que “pela primeira fez a associação terminou o ano com um saldo positivo de 106.000 euros”, rematou.
“Para este mandato, um dos grandes objetivos passa pela construção de um monumento de homenagem ao bombeiro, num local nobre da cidade, como forma de recordar os homens e mulheres que passaram por esta casa”, concluiu.
Estiveram presentes na posse da nova direção a vereadora da Câmara Municipal de Beja, Marisa Saturnino, o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo e Eduardo Correia, vice-presidente da Liga de Bombeiros Portugueses.
Teixeira Correia
(jornalista)