Ovibeja: Jovem criador de 35 anos ganha concurso do porco da raça alentejana.


O 25º Concurso Nacional de Suínos da Raça Alentejana, que se está a realizar no âmbito da 40ª Ovibeja, fica marcado pela conquista do primeiro lugar na categoria de varrascos (porco) e porcas, por parte de um jovem criador de 35 anos.

Nuno Cravinho, com uma exploração sediado na Courela da Achada, na aldeia de Vale de Açor, concelho de Mértola, ligada à Casa Cravinho, conquistou os dois troféus em disputa com dois animais reprodutores, cujo peso ronda os 255 quilos cada um.

O certame é organizado pela Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA) e pela Associação Nacional de Criadores do Porco Alentejo (ANCPA) e visa valorizar uma das mais importantes raças autóctones portuguesas, explorada em sistema de regime extensivo (em liberdade no campo) e tem por base a alimentação de produtos agrícolas, nomeadamente, a bolota.

É a segunda vez que Nuno Cravinho vence o concurso nacional, já que no regional tem um grande historial de vitórias. “Os prémios significam que estamos no caminho certo e que o apuramento genético é cada vez mais valioso. Mostram também que o que fazemos é bem feito e é uma mais valia para a venda dos nossos produtos”, revelou orgulhoso ao Lidador Notícias (LN), o jovem criador.

A linha genética dos seus animais “herdou” da exploração do seu progenitor, José Cravinho, que há 30 anos se dedica à criação do porco alentejano, com produção própria, e que lhe passou “a responsabilidade de criar uma das mais puras raças de suínos que existe em Portugal”, justificou Nuno.

Na exploração, onde os animais são criados em extensivo, tem 15 fêmeas reprodutoras e dois machos, em que o principal objetivo “é criar animais com um grande apuramento genético”, acrescentando que além da sustentação da vara montanheira, “há também a venda de reprodutores, em que um animal com as características do varrasco vencedor do prémio pode valer 800 euros”, concluiu.

Na exploração da Courela da Achada, todos os anos são criados e depois transformados mais de 150 porcos. “Fazemos a transformação e produzimos os produtos, desde os enchidos aos presuntos, destinados à venda ao cliente final, comercializados no próprio estabelecimento”, diz orgulho.

Todos os dias um membro da Família Cravinho, Nuno ou o pai, vão tratar e vigiar os animais. “O meu pai trata e eu faço o maneio mais específico dos animais, como a sua separação para as parições, saneamento e vacinação”, sentindo-se feliz com o sucesso alcançado, onde também inclui, a mãe, a irmã e a mulher.

Teixeira Correia

(jornalista)


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