Teve ontem início e prolonga-se até amanhã, uma inspeção interna que está a ser levada a cabo pelos serviços centrais da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) para apurar a situação da Delegação de Beja.
Fonte da CVP disse ao Lidador Notícias (LN) que “estão a passar tudo a pente fino. Ontem começaram pelos lares”, sabendo-se que o fecho das Casas de Repouso Henry Dunant e José António Marques, vai ocorrer até ao próximo dia 31 de julho, com o despedimento de quase três dezenas de trabalhadoras.
A auditoria vai fazer um estudo sobre a viabilidade financeira da Delegação de Beja e perceber se há condições para manter, em primeira instância, o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) e posteriormente a Estrutura Operacional de Emergência (EOE).
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), com o fecho das Casas de Repouso o SAD, que fornece apoio a 18 utentes exteriores à instituição, deixa de ter instalações para confecionar as refeições, é um serviço que está em risco de encerrar e atirar para o desemprego mais meia dúzia de pessoas.
Numa recente entrevista à Sábado, o presidente da Direção Nacional da CVP revelou que “a Delegação de Beja deve 1,1 milhões à banca e 1,2 milhões à própria sede”, tendo António Saraiva acrescentado que só no Edifício Refer, “um negócio ruinoso, estão enterrados quase 2 milhões de euros”, justificando que “irrecuperáveis são já mais de 1,2 milhões de euros em rendas mensais e mais de 600 mil euros de um empréstimo bancário”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)