Tecnocrónica: energia e velocidades dominam este texto.


As emissões da Google aumentaram 48% nos últimos cinco anos com a incorporação da inteligência artificial (IA) em muitos de seus principais produtos, revela o último relatório ambiental do gigante tecnológico.

Ademar Dias

Jornalista

Rádio Horizonte Algarve/ Tavira

Em 2021, o Google estabeleceu uma meta de atingir “emissões líquidas zero” em todas as suas operações até 2030, mas em vez disso, no ano passado, as suas emissões de dióxido de carbono (CO2) atingiram 14,3 milhões de toneladas, um aumento de 13% face ao ano anterior e de 48% na comparação com 2019, explica a Google num relatório.

A empresa justificou este aumento com o consumo de energia exigido, nomeadamente, pelos centros de processamento de dados, grandes edifícios que requerem linhas de transmissão de alta tensão, que abrigam novas aplicações, que alimentam as novas ferramentas de IA generativa, como o Chat GPT.

A funcionalidade AI Overviews da Google complementa os resultados do motor de pesquisa com uma explicação personalizada dada por um modelo de inteligência artificial (IA). Se esta IA fosse ativada em todo o mundo, consumiria a eletricidade necessária para carregar sete carros elétricos por segundo.

Isto porque as respostas geradas por um LLM (“large language models”, ou “modelos de linguagem de grande escala” na tradução para português) consomem 10 vezes mais energia do que uma pesquisa convencional no Google.

Se uma pesquisa normal do Google consome 0,3 watts-hora, a inteligência artificial da nova funcionalidade “AI Overviews” do motor de pesquisa aumenta o consumo para 3 watts-hora, aproximadamente a mesma eletricidade utilizada por uma lâmpada LED ligada durante uma hora.

E no Japão, o Instituto Nacional de Informação e Tecnologias de Comunicação estabeleceu um novo recorde de velocidade de Internet, atingindo uma velocidade de transferência de dados de 402Tbps.

Esta velocidade é 25% superior ao anterior recorde atingido em outubro do ano passado e, como exemplo, podemos dizer que poderíamos fazer download de um jogo como ‘Red Dead Redemption 2’ (com 120Gb) em apenas 2,4 milissegundos.

Note-se que nenhum equipamento comercial atual consegue suportar este tipo de velocidades de transferência, com as ‘motherboards’, entradas Ethernet e discos SSD a não estarem ainda nesse patamar.

De acordo com um relatório da Comissão Europeia, Portugal é um dos países do bloco comunitário que implementou com sucesso a rede 5G e que tem melhor cobertura a nível do território e da velocidade. Esta está entre os 3,4 e os 3,8 Giga-hertz (GHz).

Neste aspeto, “Portugal é pioneiro na rede 5G na União [Europeia] com 65,2% das casas portugueses com cobertura”.

A digitalização da saúde em Portugal também está acima da média europeia (86% a nível nacional em comparação com 79,1% no conjunto dos países do bloco) e cresceu 40% desde o ano passado.

No entanto, Portugal tem duas “fraquezas” digitais: o nível de competências digitais da população e a percentagem de pessoas especializadas em tecnologias de informação.

No cinema, nota para a estreia do western “Horizon: Uma Saga Americana – Capítulo Um”.

Kevin Costner, o visionário cineasta vencedor de Óscares, realiza esta uma crónica multifacetada que abrange o alastrar da Guerra Civil e a colonização do Oeste americano. Uma história da América demasiado grande para um só filme (o segundo filme estreia já a 14 de agosto) e um verdadeiro acontecimento cinematográfico, protagonizado por Costner, que é também coautor do argumento e produtor.

“Horizon: Uma Saga Americana” explora a atração do Velho Oeste e a forma como foi conquistado e perdido através do sangue, suor e lágrimas de muitos. Abrangendo os quatro anos da Guerra Civil, de 1861 a 1865, a ambiciosa aventura cinematográfica de Costner levará o público numa emocionante viagem através de um país em guerra consigo próprio.

Trailer em https://www.youtube.com/watch?v=ABHHU_TWOKM


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