Baleizão/Beja: Morto a tiro por discussão sobre terreno para pôr ovelhas a pastar.


Um homem de 54 anos morreu, esta quarta-feira, depois de ser atingido a tiro por um vizinho na freguesia de Baleizão, em Beja. Na origem do crime estará um desentendimento sobre um terreno que ambos usavam para pôr os seus rebanhos a pastar.

A vítima foi atingida por dois disparos de caçadeira, nos braços e na zona abdominal. O autor dos disparos abandonou o local, mas, cerca de 20 minutos depois, entregou-se no posto da GNR de Beja. Tem 65 anos. 

Valdemar Matoso, a vítima mortal, e o suspeito, António Beldroegas, conhecido por “Pantorrinhas”, tinham terrenos cofinantes com um mesmo terreno, cujo proprietário não reside em Baleizão e que fica a um ou dois quilómetros da aldeia. Segundo as informações recolhidas no local pelo Lidador Notícias (LN), os dois vizinhos também tinham em comum o interesse em comprar o mesmo terreno, que ambos vinham usando para pôr as suas ovelhas a pastar. 

Esta quarta-feira à tarde, os dois vizinhos encontraram-se no local e iniciaram uma discussão, em que o mais velho perdeu a cabeça. António Beldroegas entrou na sua carrinha de caixa aberta e foi a casa buscar uma espingarda caçadeira, com que disparou a matar. As informações recolhidas até ao momento indicam que Valdemar Matoso, que era casado e tinha dois filhos, foi atingido por dois tiros, mas um popular afirmou no local, ao LN, que ouviu três disparos.

O alerta para o homicídio foi dado pelas 16.45 horas, sendo que a GNR, quando chegou ao local do crime, já não encontrou o homicida. Este, depois de disparar, atirou a caçadeira para junto da sua carrinha e abalou dali a pé. Seguiu até à aldeia, de onde terá sido levado de carro para Beja. Cerca de 20 minutos depois, entregou-se no posto da GNR na cidade.  

Ao local do crime acorreram ainda os Bombeiros de Beja e elementos da VMER de Beja, que já nada puderam para salvar a vítima, cuja viatura estava estacionada a cerca de 1 quilómetro do local do crime.

A GNR está no local do crime e a Polícia Judiciária da Diretoria de Faro foi já também chamada a investigar o caso.

Teixeira Correia

(jornalista


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