Foram libertados, esta segunda-feira, os arguidos, que estavam em prisão preventiva acusados de tráfico de seres humanos e associação criminosa em Beja.
O Ministério Público tinha argumentado, durante as alegações finais, que não há prova dos crimes, e as medidas de coação foram alteradas. O caso resulta de uma operação que decorreu em Beja, em 2022.
Em tribunal, a procuradora defendeu que uma vez que não ficaram provados os crimes, deveriam ser revistas as medidas de coação aplicadas. Dos arguidos em julgamento, oito estavam em prisão preventiva e quatro em prisão domiciliária. Perante tal argumentação, a juíza determinou que estes fossem colocados em liberdade.
Neste processo estão a ser julgados estão 18 pessoas e duas empresas, estando os restantes a aguardar recursos do Tribunal da Relação de Évora (TRE), os restantes 28 arguidos vão ser julgados num processo independente.
O processo diz respeito a uma operação, em novembro de 2022, no qual a Polícia Judiciária mobilizou centenas de homens e que acabou com 35 detenções, após 65 buscas. Em causa estavam os crimes de associação criminosa e tráfico de seres humanos.
Um ano depois, a PJ levou a cabo outra ação de combate ao tráfico de seres humanos, a que foi dado o nome de “Operação Espelho” e que ainda está em fase de inquérito.
Teixeira Correia
(jornalista)