European Le Mans Series: Decisão no Autódromo do Estoril neste fim-de-semana. Filipe Albuquerque lidera.


A decisão do European Le Mans Series tem como cenário o Autódromo do Estoril neste fim-de-semana. O português Filipe Albuquerque espera tirar partido da vantagem de jogar em casa na última jornada.

Filipe Le Mans_800x800O piloto do JOTA Sport Gibson-Nissan nº 38 que divide com os companheiros de equipa, os britânicos Simon Dolan e Harry Tincknell, está na liderança do campeonato, mas apenas um ponto na frente dos principais adversários. Albuquerque conta com o apoio dos milhares de fãs portugueses no domingo, 18 de Outubro, para o ajudar a levar o LMP2 da Jota ao triunfo na prova e no campeonato.

Filipe Albuquerque conhece a pista do Estoril como a palma das mãos. Quem melhor para nos fazer descobrir os segredos dos 4138 metros do traçado inaugurado em 1972.

“No JOTA Sport Gibson-Nissan, chegamos à curva 1 a cerca de 280 km/h. Travamos no painel dos 100 metros. Uma desaceleração complicada, pois a pista é muito ondulada. Reduzimos de 6ª para 2ª velocidade e passamos por cima do corrector interior. Aceleramos de seguida, deixando o carro escorregar até ao corrector exterior”.

“Subimos a caixa até 4ª, mudança em que chegamos à rápida curva 2, outra vez uma direita. Levantamos um pouco o pé, sem travar, tocando o corrector interior e deixando depois o Gibson escorregar outra vez até ao corrector exterior”.

“Antes da Curva 3, reduzimos de 4ª para 2ª, com travagem forte. É muito importante fazer a linha de trajectória correcta, pois a curva fecha muito à direita e não é fácil colocar os cavalos no chão à saída. Para mais, sendo esta uma zona de camber invertido, levando a que haja uma tendência natural para o carro fugir de traseira”.

“Subimos a caminho da curva 4 onde existem duas trajectórias possíveis. Normalmente, gosto de fazer de imediato o interior, abrir um pouco a linha a meio da curva, preparando assim melhor a saída. Sair bem é muito importante, pois segue-se a segunda recta mais longa da pista do Estoril”.

“Aceleramos até à Parabólica Interior, a curva 5. Travagem forte mais uma vez, reduzindo de 6ª para 3ª velocidade. É muito importante não exagerar. Deixar o carro rolar, pois esta é uma curva longa para a esquerda. Não queremos ir muito largo, pois nessa zona há muitos “berlindes” de borracha dos pneus, que prejudicam a aderência se lhes tocamos. Também aqui, é muito importante ter um carro bem afinado, estável no eixo posterior, por forma a
acelerarmos o mais cedo possível, aumentando a velocidade à saída desta longa parabólica”.

“Aceleramos até 5ª velocidade a caminho da curva 6, onde voltamos a reduzir para 2ª ou 3ª, dependendo da relação de caixa que usamos. Na entrada desta direita há sempre que contar com o fugir de frente do carro. Isso não é um
problema, pois existe uma zona de compressão na saída, levando a que regresse a aderência na frente antes de tocarmos no corrector exterior. Devemos ficar do lado de fora, para melhor atacar a muito rápida direita que se segue. Já nesta, não se pode fazer uma linha tão aberta, pois há que preparar a lenta chicane”.

“Na chicane, reduzimos de 3ª para 2ª, tocamos no corrector interior do lado esquerdo, e voltamos logo o volante para a direita – aqui sem tocar em demasia o corrector interior. É deixar o carro rolar para o exterior da curva, fazendo a linha ideal, que acaba por ser a mais fácil, pois estamos numa mudança baixa e o motor está cheio de força. Uma vez mais, o problema é colocar os cavalos no chão. Deixar rolar na curva longa que se segue é a solução”.

“Hora de atacar a penúltima curva do Estoril. Parece mais veloz do que é na realidade. Faz-se em 3ª, sempre a ganhar velocidade. A linha de trajectória leva-nos a tocar no corrector interior e também se pode, de seguida, ir até ao exterior, mas há que pensar na última curva do Estoril, mesmo muito veloz”.

“Essa última curva, conhecida como Parabólica Ayrton Senna, é muito longa, muito exigente para os pneus Dunlop, e ainda mais para os braços e o pescoço do piloto. Aqui, queremos manter tudo bem controlado, evitando que o Gibson siga para o exterior da curva, pois nesse caso vamos apanhar os “berlindes” de borracha e perder aderência, comprometendo a velocidade à saída. A curva é feita em em 4ª, passando para 5ª no final. Saímos a quase 220 km/h e quanto mais velocidade no final da curva, melhor, pois de seguida temos a longa recta da meta. É o início de mais uma volta”.

As 4 Horas do Estoril são a última de cinco corridas do European Le Mans Series 2015, num calendário que incluiu também Silverstone (Grã-Bretanha), Imola (Itália), Red Bull Ring (Áustria) e o Circuit Paul Ricard (França).
Seis dos oito títulos em jogo serão atribuídos nesta derradeira jornada em Portugal, marcada para os dias 17 e 18 de Outubro.

As entradas para as Bancadas A, B e E serão gratuitas e o preço do bilhete para o ‘paddock’ terá o custo simbólico de 10 Euros. A RTP2 transmitirá a prova em direto a partir das 13h de Domingo, dia 18.


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