(Atualização) Beja: Os três sicilianos indiciados por tráfico de droga no Festival Sudoeste, faltaram ao julgamento.
Os três indivíduos italianos, procedentes da Sicília, que deveriam ter começado a ser julgados hoje no Tribunal de Beja, acusados como co-autores de um crime de tráfico de estupefacientes, faltaram ao julgamento. Foi marcado novo julgamento para 6 de julho.
Atualização: Dário Cannata, 25 anos, Ângelo Carollo, 32 anos e Salvatore Lannino, 37 anos, faltaram hoje ao julgamento, tendo o Colectivo de Juízes, presidido por Cristina Calado, marcado nova data. Vão ser enviadas cartas rogatórias aos arguidos para comparecerem no Tribunal de Beja, a 6 de julho.
Para além dos advogados estiveram presentes os dois militares da GNR, responsáveis pela apreensão dos estupefacientes. Segundo o representante de Dário Cannata, este estará em Sidney (Austrália), mas “disponível para depor em tribunal”.
Notícia inicial: O caso remonta a agosto de 2010 e os três sicilianos, com idades entre 25 e 37 anos, foram apanhados pela GNR no interior de uma casa em ruínas, localizada no Monte dos Despovoados, junto ao recinto do Festival Sudoeste, concelho de Odemira, onde “davam uma festa”.
De acordo com o despacho de acusação a que o Lidador notícias (LN) teve acesso, na velha casa “os indivíduos passavam música e vendiam estupefacientes a quem lá se deslocasse”.
Militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR fizeram uma busca e nas ruínas da habitação, no interior de um buraco escavado na parede, encontraram 12 bolotas de cannabis com 54,951 gramas, suficientes para 239 doses (foto de arquivo do Lidador Notícias).
Esta busca ocorreu depois de terem sido encontradas 63,447 gramas de bicabornato de sódio e 24 paus de giz branco, que os militares acreditam que seriam usadas como “substância de corte” e assim “aumentar o “rendimento” d venda de estupefacientes. Estes dois produtos estavam escondidos na tampa de um gira-discos.
Salvatore, o individuo mais velho, agora com 37 anos, foi também sujeito a uma revista e numa bolsa, que transportava à cintura, guardava: 9,389 gramas de cocaína, o suficiente para 13 doses individuais, 3,111 gramas de ópio, 1,25 gramas de MDMA, para sis doses e 4 comprimidos de 2C-B.
O processo chega a julgamento cinco anos depois e como os arguidos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência, e ao que foi possível apurar, há muito que deixaram o Portugal, desconhecesse se os mesmos se apresentarão a julgamento.
Teixeira Correia
(jornalista)
