Mértola: Derrocada do lado de Espanha fecha Ponte Internacional do Baixo Guadiana.
Há cerca de 15 dias que a Ponte Internacional do Baixo Guadiana que liga Portugal e Espanha, na localidade de Pomarão, concelho de Mértola, ao El Granado, Província de Huelva, está fechado ao trânsito automóvel, devido a um deslizamento de terras.
O aluimento ocorreu no lado espanhol a cerca de 50 metros do tabuleiro da ponte e arrastou para a rodovia, toneladas de pedras e terra, que obstruíram por completo a via. A ponte faz a travessia da ribeira de Chança, a menos de uma centena de metros de uma barragem espanhola e o rio Guadiana.
A situação está a preocupar os autarcas do concelho alentejano, já que ponte “permite a vinda de muitos turistas e comensais espanhóis e a ida de portugueses para adquirirem produtos de primeira necessidade no outro lado da fronteira”, justificou fonte do Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara de Mértola.
“Temos feito contactos com os autarcas nossos vizinhos, duas três vezes por semana, para saber quando estará o assunto resolvido”, justificou a nossa fonte que acrescentou que a responsabilidade da reposição da via é do Ayuntamiento de El Granado.
“Já há máquinas e camiões a fazerem a remoção das terras e entulho. Esperamos que sejam rápidos”, asseguram da edilidade mertolense.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN) junto de um comerciante da restauração do Pomarão, “a vida aqui parou. Perdemos a principal fonte de receita que eram os espanhóis”, justificando que em Espanha, o corte da via “está assinalado 12 quilómetros antes e já não passam”, rematou o nosso interlocutor.
Fazendo a travessia da ponte o Pomarão e El Granado estão separados por 12 quilómetros. Com o fecho da infraestrutura a deslocação entre as duas localidades é superior a 100 quilómetros.
A Ponte Internacional do Baixo Guadiana foi inaugurada em 26 de fevereiro de 2009 e significou um investimento que rondou os 2,3 milhões de euros. A Câmara de Mértola e a Diputación Provincial de Huelva investiram 572 mil euros e os restantes 1,7 milhões de euros do FEDES, através do Projeto HUBAAL-Interreg IIIA.
Teixeira Correia
(jornalista)
Créditos da foto: JOSÉ FERROLHO