Agricultura: “Nada será como dantes”, dizem os homens da terra. Ministra/Governo cede a agricultores.


Uma semana após os protestos, os agricultores saíram muito satisfeitos da reunião com a Ministra da Agricultura realizada em moura. Foram atendidas as exigências dos homens da terra. Nasceu o Movimento Cívico de Agricultores do Baixo Alentejo (MCABA).  

Contrastando com uma rápida saída do Edifício da Câmara Municipal de Moura por parte da ministra da Agricultura e uma lacónica frase de que a reunião com os agricultores “correu muito bem. Foi muito proveitosa”, os homens da terra do Baixo Alentejo estavam visivelmente muito satisfeitos justificando que as pretensões iriam ter cumprimento “com garantias que foram dadas pelo Primeiro-ministro, com o aval da ministra”, justificou António João Veríssimo, o porta-voz do agora assumido Movimento Cívico de Agricultores do Baixo Alentejo (MCABA).  

“Foi assumido o pagamento das ajudas de 35% da produção biológica e dos 255 da produção integrada. A carta de conforto que o IFAP nos ia passar como credores de determinados montantes, deverá ser secundária, porque o pagamento vai chegar primeiro de que a carta”, justificou o agricultor, que assegurou que “o pagamento vai ser para breve tal como o tempo da senhora ministra”, concluiu.

Sobre a reunião com Maria do Céu Antunes, António João Veríssimo assegurou que “os assuntos prementes foram hoje tratados. As ajudas para o combate à seca estão também garantidos. Aguardam a aprovação de Bruxelas”, rematou.

Questionado sobre se o protesto redundou numa vitória sobre o Governo, o porta-voz do MCABA mostrou-se cautelo: “não vamos jogar foguetes porque nada de isto é novo. Só conseguimos aquilo que nos era devido. Tivemos ao nosso lado toda a sociedade civil que percebeu a nossa justa luta”, concretizou.

“Não estamos contra a CAP, a Confagri ou outras associações, eles é que têm que estar ao nosso lado. Eles existem por nossa causa. Afinal com o nosso grito, conseguimos ser ouvidos”, deixando a garantia que o movimento não quer assumir o lugar de ninguém.

“Nada será como dantes. Vamos continuar a viver e a trabalhar numa zona e viver de uma profissão de que muito gostamos. Não vamos sair à rua cantar vitória. É preciso trabalhar com cabeça, porque temos um futuro pela frente. Mas fica essa garantia: nada será como dantes”, rematou.

Teixeira Correia

(jornalista)


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